A 11ª edição da Bienal de Coruche – Percursos com Arte, programada para 19 de outubro a 3 de novembro, abriu concurso para residências artísticas a decorrer por todo o Concelho de 30 de setembro a 13 de outubro.
Segundo Susana Cruz, vereadora da Câmara Municipal de Coruche, “as candidaturas estão abertas até amanhã, dia 23 de junho nas áreas de Artes Visuais, Artes Performativas e Cruzamentos Disciplinares (Escultura/Instalação, Fotografia/Vídeo, Movimento/Performance, Pintura, Desenho, Land-Art, Arquitetura/Paisagismo, Som/Produção Musical). Vinculada ao tema “Território”, a edição de 2024 promove a descentralização das atividades, estabelecendo pontes entre artistas e comunidades locais em diversas localidades do Concelho”.
“A Bienal de Coruche – Percursos com Arte 2024, organizada pela Câmara e pelo Museu Municipal de Coruche, é a segunda edição a realizar-se com residências artísticas, este ano vinculadas ao tema “Território” – mote para a criação artística a produzir de modo descentralizado, em diversas localidades do Concelho, propiciando o contacto entre artistas e comunidades locais nas suas várias freguesias, que contam a sua história com identidade própria. Os espaços de produção artística distribuem-se pela União de Freguesias Coruche, Fajarda e Erra e pelas freguesias de Biscainho, Branca, Couço, Santana do Mato e São José da Lamarosa”, sublinhou.
Assumindo-se como espaço de afirmação de novos talentos e de estimulação da apreciação estética do público, o concurso para Residências Artísticas marca o início de uma jornada criativa que culminará numa grande celebração da arte visual entre os dias 19 de outubro e 3 de novembro, sendo prioritária a vinculação das obras e dos artistas ao contexto local, no sentido de produzirem obras que sejam fruto dessa conexão paisagística, social, afetiva e material, contribuindo para o enriquecimento cultural da região e para o desenvolvimento de novas linguagens plásticas e poéticas.
Com candidaturas abertas até amanhã, dia 23 de junho, a Bienal convida artistas nacionais e estrangeiros a embrenharem- se nas tradições, nas paisagens e nas comunidades locais. As residências artísticas oferecem aos artistas a oportunidade de imergirem no contexto local e de criarem obras que dialoguem com o território e com as suas singularidades.
Seja nos estaleiros das freguesias, nos espaços municipais ou em locais associados à organização, os artistas encontrarão ambientes propícios para explorar e expressar a sua Arte, envolvendo-se profundamente com a comunidade, a cultura e a paisagem.
O território de Coruche, situado na região interior e no limite do Ribatejo, apresenta riqueza cultural e paisagística única, inspiradora de produção artística. Da floresta do Montado às linhas de água ou às manchas florestais, cada elemento do território tem um papel crucial no desenvolvimento da região – papel esse que, interpretado artisticamente, fortalece a ligação entre o objeto artístico e o espaço envolvente, integrando as obras no meio urbano e arquitetónico, e enriquecendo a experiência estética do público.
Podem candidatar-se às residências artísticas cidadãos nacionais ou estrangeiros, maiores de 18 anos e com morada fiscal em Portugal que sejam portadores de grau académico nas áreas referidas, bem como profissionais não licenciados que possuam currículo significativo e reconhecido mérito. As candidaturas são
apresentadas em formulário próprio, disponibilizado nas plataformas online do evento, ou efetuadas através do e-mail candidaturas.bienal@gmail.com. Os resultados do concurso, cujo júri selecionará os 10 melhores projetos, serão divulgados até 20 dias úteis após o termo do prazo de apresentação de propostas, mediante comunicação por e-mail e publicitação nas plataformas online de divulgação do evento. A aceitação das residências por parte dos artistas deve decorrer nos 10 dias seguintes à divulgação dos resultados, sob pena de deixarem de ser elegíveis.
Os artistas selecionados beneficiam de um apoio financeiro no valor de mil euros, designado “subsídio de produção”, assegurado pelo Município de Coruche e destinado a suportar a produção artística, fazendo face a despesas de deslocação, alimentação, aquisição de materiais, montagem e desmontagem. Além do subsídio de produção, o Município assegura espaços de trabalho e alojamento com condições para confeção de refeições.
“A Bienal desenvolve ainda as Envolvências Locais, que desde 2013 aproximam e envolvem a comunidade num projeto artístico comum, nomeadamente escolas, associações, fotógrafos, artesãos e artistas em torno do tema “A floresta enquanto legado natural e o abrigo das gentes, da fauna e da flora” – força motriz dos artistas, que criarão os elementos das Envolvências Locais, estando prevista a instalação Floresta e a produção de peças Art Eco. Ao longo de mais de duas semanas são muitos e diversificados os eventos a decorrer paralelamente por toda a Vila, ao ar livre e em infraestruturas municipais – workshops, espetáculos, residências artísticas e animação cultural”, referiu ainda a vereadora.
Realizada desde 2003, a Bienal tem fomentado o diálogo entre locais, artistas plásticos e profissionais das artes visuais, reforçando a articulação simbiótica entre o objeto artístico e o espaço envolvente pela integração das obras no meio urbano e arquitetónico. Através de uma variedade de eventos paralelos, a Bienal proporciona uma experiência enriquecedora que aproxima o público da arte contemporânea.
Esta edição em particular promete uma programação diversificada, com atividades distribuídas por todo o Concelho, oferecendo a oportunidade de mergulhar numa experiência única, onde a criatividade encontra o território em todas as suas formas e manifestações, numa jornada de descoberta e expressão artística.
Para informações complementares deve contactar-se a comissão organizadora da Bienal de Coruche, com sede no Museu Municipal de Coruche.