
No passado dia 1 de março comemorou-se o Dia Internacional da Proteção Civil, instituído pela Organização Internacional de Proteção Civil.
Esta importante data, está a ser assinalada, em Montemor-o-Novo, através de um conjunto de ações de formação e sensibilização, simulacros e workshops com as várias atividades divididas pelos meses de março, abril e maio.
Olímpio Galvão, referiu á RNA, que “Esta data visa sensibilizar todos nós para a importância da Proteção Civil na salvaguarda da vida, da propriedade, do património cultural e ambiental face à ocorrência de acidentes graves e catástrofes que podem acontecer. Este ano, o tema proposto pela Organização Internacional para a Proteção Civil é Garantia de Segurança da População e destaca-se o papel fundamental da Proteção Civil para fazer face às crescentes ameaças e desafios. Em Montemor-o-Novo, iremos ter um conjunto de iniciativas que se vêm desenvolvendo já desde fevereiro e que irão continuar até ao mês de maio. Vamos ter ações de formação e sensibilização, simulacros e workshops. Temos o objetivo de realizar um trabalho coletivo junto dos cidadãos, com um especial enfoque na criação de uma comunidade mais resiliente a catástrofes, mais preparada, nesse sentido foi preparado pelo município um conjunto de atividades que já desde 2024 se vem a desenvolver nas IPSS’S do Concelho, numa parceria entre o Serviço Municipal de Proteção Civil, o Corpo de Bombeiros, a Unidade de Cuidados na Comunidade e o Centro de Saúde”.
“Têm-se administrado formações aos trabalhadores das instituições em suporte básico de vida, em mala de primeiros socorros e em manuseamento de extintores. Estas formações têm culminado com um simulacro onde os colaboradores colocam em prática as lições que aprenderam e a sua missão dentro do seu espaço de trabalho que diz respeito à organização de uma segurança séria do local de trabalho. São também desenvolvidas atividades juntos com jovens, nomeadamente com a participação do nosso Serviço Municipal de Proteção Civil, uma parceria com o Monte Dentro, onde mostramos profissões e damos a conhecer o trabalho desenvolvido e teremos algumas atividades a desenvolver ainda mais com os jovens”, salientou.
“Nos dias 8 e 9 de maio, assinalaremos o Dia Europeu da Segurança Rodoviária, com atividades dirigidas a alunos do primeiro ciclo e secundário. Vão ter lugar ações de formação e sensibilização sobre várias temáticas, com uma exposição, uma palestra realizada pela Escola Secundária, em simultâneo, é criado um circuito de carrinhos a pedais, os cartes que são cedidos pela Associação para a promoção de uma cultura de segurança rodoviária e este circuito terá sinais e regras de trânsito para que, desde cedo, os mais jovens conheçam todas as regras. Nesta iniciativa, teremos também a colaboração da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, que irá apresentar várias dinâmicas dirigidas aos mais velhos, abordando a condução sob o efeito de álcool, estupefacientes e o uso do telemóvel”, reforçou o autarca.
“Ainda com alunos do primeiro ciclo, pretendemos sensibilizar e educar as crianças para os comportamentos de risco, para o valor da floresta, para as medidas de autoproteção, para a prevenção e combate ao fogo, nomeadamente explicar o que é o fogo bom e o fogo mau, através de um projeto muito interessante que se chama Raposa Chama, numa parceria com a Agência de Gestão Integrada de Fogos Rurais, o município de Montemor-o-Novo e o agrupamento de escolas. Por fim, um assunto que está na ordem do dia, dado vários acontecimentos sísmicos dos últimos tempos, dentro de uma organização conjunta e partilhada entre o Comando Subregional da Emergência e Proteção Civil do Alentejo Central, os municípios e os corpos de bombeiros de Arraiolos, Montemor-o-Novo e Vendas Novas, irão ser realizadas as jornadas técnicas sobre o risco sísmico, pretende-se assim dotar todos os participantes do conhecimento do território e dos riscos a ele associados e que possam ser tomadas as melhores, as mais adequadas decisões e antecipadas as mesmas num contexto de planeamento, antecipação, resposta e recuperação ao nível das operações de proteção e socorro e da defesa e salvaguarda das populações. Estamos assim a preparar-nos para o pior”, acrescentou.
“Estas jornadas irão decorrer em três momentos, que se complementam. O primeiro momento será no dia 11 de março, com o objetivo de conhecer a sismicidade do Alentejo Central e a capacidade técnica na recuperação, onde serão abordadas temáticas no âmbito académico, técnico e de investigação. O segundo momento decorrerá em Montemor-o-Novo, no dia 22 de março, com uma abordagem técnico-operacional, nomeadamente o planeamento e intervenção pré-hospitalar, organização e intervenção operacional, e depois teremos um terceiro momento que será dividido entre Arraiolos e Montemor-o-Novo, numa iniciativa operacional que visa a realização de demonstrações de técnicas de busca e resgate em estruturas colapsadas. Temos, naturalmente, que estar preparados no território para o pior, esperando que não aconteça, mas estas jornadas serão importantes no âmbito do risco sísmico que a nossa zona tem”, rematou Olímpio Galvão.