Planos Regionais de Saúde para demências ainda não saíram no papel

Seguindo sempre “a sua linha de intervenção”, o gabinete Alzheimer.m@ior, da Santa Casa da Misericórdia de Campo Maior, e após um período mais conturbado e de dificuldades, devido à pandemia, tem procurado orientar, sobretudo, numa primeira fase, os cuidadores das pessoas com demência, para as respostas clínicas e sociais existentes.

De acordo com uma das responsáveis pelo gabinete, Rosália Guerra, os cuidadores, quando procuram o apoio da Alzheimer.m@ior, fazem-no quando são “surpreendidos com um diagnóstico de demência” e não sabem o que fazer e como agir. “Aquilo que nós fazemos é orientar as pessoas para as respostas do ponto de vista clínico, que há ao dispor, que não são muitas, e para as respostas sociais, porque uma pessoa com demência e um cuidador podem precisar de um apoio de um centro de dia, de resposta de lar, do apoio de uma unidade de cuidados continuados”, explica Rosália Guerra, não escondendo que, “infelizmente”, ainda se está “muito longe de ter aquilo que é a resposta mais sensível à problemática”.

Rosália Guerra adianta que os planos regionais para a demência foram aprovados em dezembro do ano passado, mas que ainda não foram colocados em prática. “Queremos, com a maior brevidade possível, que venham a ser uma realidade, porque houve muito trabalho feito: os planos estão escritos, constituídos, mas não estão a acontecer”, revela, assegurando que esta é uma “lacuna muito grande” que precisa de ser corrigida urgentemente.

Por outro lado, Rosália Guerra defende que há também um “caminho urgente” a ser feito, com as respostas às pessoas com demência a precisarem de um “enquadramento maior” por parte dos agentes políticos, para que sejam alinhadas “com aquilo que é a política social” para os doentes.