No Conselho Intermunicipal do passado dia 22 de outubro, foram celebrados protocolos de colaboração entre dez Municípios do Alentejo Central e CIMAC com a Unidade de Saúde Pública (USP) da Unidade Local de Saúde do Alentejo Central (ULSAC), com a finalidade de dotar os municípios do Alentejo Central dos conhecimentos e meios necessários para apoiar a rede de vigilância de vetores de transmissão de doenças.
As doenças transmitidas por mosquitos representam uma ameaça à saúde humana, em várias regiões do mundo, principalmente nas regiões tropicais devido à existência de condições climáticas favoráveis para os vetores (que são os mosquitos) e, portanto, sempre tiveram um papel importante na saúde pública.
Porém, nos últimos tempos, tem-se vindo a observar a dispersão destes mosquitos, e consequentemente das doenças transmitidas por estes vetores, pela Europa e por Portugal, o que pode dar origem a surtos ou epidemias.
A Saúde Pública em Portugal dispõe de uma rede de vigilância (REVIVE) que tem permitido aumentar o conhecimento das espécies de vetores no território nacional, monitorizar a atividade dos vetores, caracterizar as diferentes espécies e a sua ocorrência sazonal e identificar os vetores mais importantes em Saúde Pública e alertar para as medidas de controlo.
Pensa-se que se poderão desenvolver condições favoráveis para que surjam doenças transmitidas por mosquitos, tais como a febre do Nilo Ocidental, Dengue e a malária, Zika, Chikungunya, entre outras, que podem afetar a saúde da população portuguesa e o turismo em Portugal, a curto prazo.
A celebração destes protocolos de colaboração é também a concretização de mais uma das medidas previstas no Plano Intermunicipal de adaptação às Alterações Climáticas, nomeadamente a ‘Medida 3 – Reforçar a vigilância de doenças transmitidas por vetores’ prevista na abordagem adaptativa ao setor da Saúde Humana.