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Montemor: Espaço do Tempo apresenta Festival Precárias III

O Festival Precárias regressa para a sua terceira edição e, este ano, o tema gira em torno de infâncias possíveis – um convite a olhar para a infância nas suas várias possibilidades, repensando o futuro e promovendo espaços de diálogo e troca.

Pedro Barreiro, Diretor Artístico do Espaço do Tempo de Montemor-o-Novo, em declarações à RNA, referiu que “o Festival Precárias é uma iniciativa da artista Tita Maravilha, que é uma das artistas associadas do Espaço do Tempo e que tem tido um papel fundamental nas artes performativas contemporâneas em Portugal nos últimos anos. Este festival começou em 2022 na Rua das Gaivotas 6, em Lisboa, e começou por ser uma iniciativa que versava sobre a condição de pobreza e de precariedade no meio artístico, especialmente em comunidades marginalizadas, aqui com o foco objetivo na comunidade de artistas trans e queer. Já na 2ª edição, este festival expandiu-se para fora de Lisboa e chegou ao Porto, em parceria com o Teatro Municipal do Porto e também a Montemor, em parceria com o Espaço do Tempo. Já nesta 3ª edição, que acontece agora, que temos o privilégio de trazer a Montemor-o-Novo, é lançado um convite para pensar sobre as infâncias possíveis e para olhar para a infância nas suas múltiplas possibilidades, repensando o futuro e promovendo espaços de diálogo tão importantes nos tempos que correm, em que, infelizmente, proliferam tantos discursos de ódio e tantas ameaças à diversidade. O objetivo é criar um ambiente onde possamos repensar o presente em conjunto e construir futuros mais abertos, afetivos, e brincantes, pensando no brincar como uma forma de luta e como uma prática de liberdade. Portanto, vamos brincar, experimentar e convocar aquelas infâncias que são criação e, por isso, que podem mudar o mundo”.

“O Festival Precárias vai acontecer no próximo dia 6 de setembro, em Montemor-o-Novo, e o programa começará às duas da tarde na Oficina Magina do Espaço do Tempo, com o Laboratório Reivindicasonhos, onde se criarão imagens em conjunto com foco em reivindicar o direito a sonhar. Esta atividade será seguida de um lanche convívio na Oficina Magina. Depois, às 16.50 horas, sairemos da Magina e iremos em direção à Feira da Luz, onde este programa terminará com um cortejo-manifestação no recinto da feira. Já sobre para quem é dirigido este Festival, não há qualquer tipo de restrição, todas as pessoas de todas as idades, sozinhas ou em família, serão mais do que bem-vindas. As artistas que fazem esta proposta dizem que a faixa etária é dos 0 aos 98 anos, mas tenho a certeza absoluta que se aparecer alguém com 99, com 100 ou com mais de 100 anos, será muito bem-vinda”, acrescentou.

“Lanço também o convite para que se juntem a nós nos dois espetáculos que vamos apresentar nas noites do dia 5, sexta-feira, e do dia 6, sábado. Falo da antestreia de Bright Horses, da artista Carminda Soares e da artista Maria R. Soares, que foi o espetáculo vencedor do Projeto Casa, em parceria com o Centro Cultural Vila Flor em Guimarães e com o Cineteatro Louletano em Loulé, que apresentaremos no dia 5, às 19.00 horas, e no dia 6 às 21.30 horas, na Black Box. E falo também da apresentação do espetáculo Corre Bebé, de Arizari e Gaia de Medeiros, que foi o projeto vencedor da 7ª edição da Bolsa Amélia Rey Colaço, uma coprodução do Teatro Nacional Dona Maria II, com o Espaço do Tempo, com o Centro Cultural Vila Flor e com o Teatro Viriato. Este espetáculo será apresentado no dia 5 às 21.30 horas e no dia 6 às 19.00 horas, na XL Box, no Espaço do Tempo”, rematou.

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