A Vila de Alcáçovas volta a acolher, de 6 a 8 de dezembro, a Mostra de Doçaria um dos principais eventos do calendário de inverno da região. É a 23ª edição do certame organizado pelo Município de Viana do Alentejo com o apoio da Junta de Freguesia de Alcáçovas que, de ano para ano, pretende preservar a doçaria conventual e palaciana bem como os saberes e sabores caraterísticos da região.
Para além do Bolo Real e do Bolo Conde de Alcáçovas estão, igualmente, representados na Mostra de Doçaria, os Amores de Viana e as Sardinhas Albardadas, cartões-de-visita de um certame que oferece ainda diversos licores e muitas outras iguarias.
Os doces conventuais e palacianos são as “estrelas” da Mostra de Doçaria que terá um vasto programa cultural associado ao longo deste fim-de-semana e que inclui o 11º Concurso de Doçaria Conventual e Palaciana promovido pela Junta de Freguesia de Alcáçovas.
Luís Miguel Duarte, presidente da Câmara Municipal de Viana do Alentejo, referiu que esta já é a 23ª edição “com uma evolução espetacular, qualquer pessoa que aqui tenha entrado hoje veio dar-me os parabéns, que obviamente eu passo para os técnicos, foram eles que fizeram, que decoraram esta feira, e aos doceiros, que também têm o cuidado sempre, não só de virem vender os doces, mas também, como todos vêm, tem umas bancadas lindas, apelativas, e que nos deixam sempre com água na boca. Como eu disse há pouco, no meu discurso começámos, com meia dúzia de doceiros, numa escola, fizemos depois numa mostra, e quando digo fizemos, eu estava a trabalhar na Câmara nessa altura, portanto, eu era animador cultural da Câmara, nessa altura, quando esta doçaria começou. Tive o privilégio também e hoje, estando a exercer as funções que tenho, fico contente, de facto, por ter estado a participar nessas primeiras doçarias e hoje estar aqui nesta situação. Há sempre uma evolução, até mesmo da parte das pessoas ter o cuidado de não vir com as bancas tradicionais, de virem mais decoradas. A própria Câmara tem o cuidado de decorar o espaço.
Frederico Carvalho, presidente da Junta de Freguesia de Alcáçovas, referiu que “a freguesia beneficiou muito quando há 25 anos que este projeto se iniciou e muitos empresários enveredaram por este setor de atividade e são neste momento grandes promotores de emprego na nossa freguesia. No concelho também, mas Alcáçovas vive muito na área da doçaria e da gastronomia, portanto tem uma importância vital. Para além disso, é um elemento identitário da nossa terra que urge e que é importante que se mantenha sempre com essa valorização. Temos para cima de 70 pessoas, pelo menos a trabalharem nesta área, e para uma freguesia com cerca de dois mil habitantes, tem um impacto já com uma grande relevância.
“Alcáçovas, desde o início da mostra de doçaria, começou também ela a ser conhecida não só por elementos históricos, identitários, de datas como o Tratado de Alcáçovas, como a reunião dos Capitães de Abril no Monte Sobral, mas a doçaria, de facto, já faz parte do panorama nacional. Há muita gente que reconhece, no trajeto da Nacional 2, muita gente faz essa paragem para conhecer um bocadinho da doçaria local”, rematou.