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AMORA: “O Rio Almansor tornou-se um esgoto a céu aberto”

Há vários anos que existem problemas de poluição no Rio Almansor, que para Guilherme Serôdio, um dos moradores e associados da Associação de Moradores do Rio Almansor (AMORA)  se devem a sucessivas descargas ilegais.

Guilherme Serôdio admite que os problemas no rio não são de agora, “há trinta anos vivia-se o Rio mas desse tenpo para cá com as descargas da suinicultura, com a construção da Barragem dos Minutos que reduziu o caudal do rio, com a construção da zona industrial da Adua que descarrega diretamente para o rio” e que na opinião deste associado fez com que o Rio Almansor se torna-se “um esgoto a céu aberto”.

Para o presidente da Câmara Municipal de Montemor, Olímpio Gavão “já há queixas há muitos anos” que se deve “ao sistema de drenagem das águas residuais sao muito antiguadas, e só a partir da década de 80 é que se começaram a fazer redes de drenagem separativas”.

Desde que a elevatória Nº4 avariou que “houve quatro semanas de descargas ininterruptas de esgotos domésticos não tratados diretamente no Rio Almansor”.

Depois das águas do Alentejo terem recusado efetuar a limpeza a associação recorreu à Agência Portuguesa do Ambiente que ao fim de 2 anos de queixas e 7 meses de organização de uma limpeza que para o associado da AMORA foi “soberbamente mal organizada e um dia e meio depois abandonada, e foram deixadas 200 tolenadas no rio”. Confrontados com esta situação “caricata em cima de caricata” a associação não aceitou e manifestou-se.

Para Guilherme Serôdio esta atitude revelou “uma falta de vontade de limpar o Rio” e um grande desrespeito e também para mostrar às pessoas “a consciência do nível do problema e a falta de inação das entidades.”

Olímpio Galvão considera que as chuvas repentinas provocam por vezes acionamento do sistema bypass que acaba depois a correr para os cursos de água.

No entanto para solucionar este problema o autarca referiu que o Município “está em conjunto com as Águas do Alentejo trabalhar” mas “isto é um investimento de muitos milhões e que vai demorar o seu tempo até mostrar resultados”.

Guilherme Serôdio diz não ver ” estratégia nenhuma do município”, acrescentando que “mudar os esgotos sanitários não é a única solução”.

Olímpio Galvão ressalva que só a partir de 1995 é que a separação de redes se tornou obrigatória. No que diz respeito às descargas no Rio Almansor o autarca afirma que “a solução está encontrada mas que requer um investimento das Águas do Alentejo, requer concordância dos proprietários nessa instalação e há-de ser feito no futuro, porque a solução está encontrada não está é implementada”.

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