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Projecto Ruínas apresenta “Partida, Lagarta, Fugida”

O Projecto Ruínas é uma companhia de teatro de Montemor-o-Novo, que também integra a Festa do Teatro que está a decorrer em Montemor-o-Novo.

Catarina Caetano, atriz e diretora de produção, referiu á RNA, que “Partida, Lagarta, Fugida, é um espetáculo, diferente na medida em que é para todos os públicos, mas é mais direcionado para os petizes, para os mais novos. E nesse sentido, a estética naturalmente altera face ao que nós costumamos fazer. E foi assim uma grande viagem, uma grande maluquice que se me atravessou, a mim e às pessoas que se foram juntando ao barco. O porquê do título, o título inicial deste projeto era “Nasci”, porque foca-se muito no processo de experimentar uma coisa pela primeira vez, a recuperação da sensação de experimentar algo pela primeira vez, algo que pode vir desde o início, desde a primeira respiração, desde a primeira vez que vimos a luz do dia, começou aí, então chamava-se “Nasci”, mas “Nasci” não era um nome que me não me palpitava muito, então andámos a fazer name dropping, assim, à procura de um nome que pudesse encaixar no jogo que também estávamos a construir. E Partida, Lagarta, Fugida porquê, primeiro, Partida Largada Fugida é o que se diz quando vamos começar uma corrida, no início, e não há uma única criança que não tenha alguma vez dito Partida, Lagarta, Fugida. Então nós achámos que era divertido. E depois também mesmo os elementos cenográficos que foram aparecendo, casavam muito bem com essa ideia. Então, olha, juntámos tudo e ficou a Partida, Lagarta, Fugida”.

“A ideia é mesmo que o espetáculo seja para todas as idades, mas foi pensado para os mais pequeninos. Foi construído a pensar nos mais novos mesmo bebés e pré-escolar. Primeiro pelo tempo de duração, o espetáculo não dura mais de 35 minutos, pela interação que é suposto existir com o público, pela construção do espaço cenográfico e a imersão no próprio espaço e as texturas que existem, os jogos que são construídos entre nós, foi tudo pensado para os mais novos. Conforme fomos testando com o público, com pessoas que vieram ver, fomo-nos apercebendo que, de facto, não era só para os mais novos, e podia ser para todos, então vamos anunciar como sendo para todos. O espetáculo tem uma interação com o público, é um espetáculo em que o público é convidado a entrar num espaço específico, logo aí já mergulha, não tem o convencional do palco ou plateia, o público mergulha assim num espaço super fantástico e fica logo envolto num universo extra-quotidiano, nada tem a ver com o que se passa lá fora. E depois, pelo jogo que nós vamos criando. Ao início não tem logo essa componente de interação, porque até provoca alguma estranheza, principalmente aos mais pequeninos que ficam entre o misto, entre a curiosidade e o medo, eu se calhar vou chorar aqui um bocadinho e depois vai ganhando essa proximidade e essa relação. Há coisas que nós fazemos que vamos mesmo ter com eles e eles vão ter connosco, há esse espaço, há essa abertura. Por exemplo uma criança que se levanta da plateia porque quer vir mexer numa coisa que nós estamos a mexer ou porque se quer vir sentar ao nosso colo, existe esse espaço”, acrescentou.

“O espetáculo vai estar no Auditório da Biblioteca Municipal Almeida Faria, e as sessões para público geral, que são para famílias, são no sábado, no dia 15 de março. Tínhamos sessão marcada às 10.00 horas e às 16.00 horas, que esgotaram logo. Ontem abrimos uma sessão extra às 15.00 horas, que entretanto, também já esgotou. […] Então vamos ver se conseguimos arranjar aqui um espacinho para voltar a trazer a Partida, Lagarta, Fugida”, rematou.

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