A associação cultural UmColetivo apresenta amanhã, terça-feira, 19 de março, em duas sessões, no cineteatro Curvo Semedo, em Montemor-o-Novo, o projeto “Penélope II: floração”, no âmbito, não só da Festa do Teatro, como da Odisseia Nacional do Teatro Nacional D. Maria II.
O projeto, desenvolvido também em Mértola e Grândola, surge, numa primeira instância, como explica a atriz e encenadora Cátia Terrinca, tendo por base a obra, como o mesmo nome, da escritora portuguesa Alice Sampaio.
Tal como “Penélope” de Alice Sampaio colheu inspiração em “Ulisses” de James Joyce, também o UmColetivo se inspirou nesta personagem feminina mitológica que representa a espera. O projeto acaba por partir da pergunta “de que se alimenta a espera?” para pensar a agricultura como a paisagem da esperança, e como cruzar esta disciplina com a criação artística.
Com as referências às questões da botânica na obra de Alice Sampaio, adianta Cátia Terrinca, chegou-se à conclusão que um canteiro seria um objeto fundamental para o espetáculo a apresentar ao público. Esse canteiro acabou por ser instalado, na via pública, em Montemor, à semelhança do que aconteceu em Mértola e Grândola, até porque, para que a UmColetivo o conseguisse levar para o palco, com plantas, era preciso tempo.
Cátia Terrinca explica ainda que o espetáculo se chama “Penélope II”, uma vez que o projeto, em torno da peça, arrancou com a sementeira participativa, instalada junto à Biblioteca Municipal de Montemor, a ser cuidada por várias pessoas e algumas associações do concelho.
A primeira sessão de amanhã de “Penélope II: floração”, no cineteatro Curvo Semedo, dedicada ao público escolar, está marcada para as 10h30, e a segunda, para o público em geral, para as 18h30.
A entrevista completa a Cátia Terrinca para ouvir no podcast abaixo: