A seca que se vive, um pouco por todo o país, torna-se ainda mais preocupante no Alentejo com barragens a atingirem mínimos históricos de armazenamento e culturas em risco.
Atualmente, a Barragem dos Minutos, em Montemor-o-Novo, tem 22 milhões de m3 de água, sendo a capacidade total de 53 milhões de m3.
Francisco Mira, Presidente da Associação de Beneficiários da Barragem dos Minutos, garante que “não há qualquer risco para o abastecimento de água aos regantes uma vez que a campanha deste ano começou praticamente com a mesma cota de água que no ano passado”.
Dentro do perímetro de rega da Barragem dos Minutos, já estão a ser tomadas algumas medidas de poupança de água “como a rega noturna e a plantação de culturas que consumam menos água”.
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Já a Albufeira da Barragem do Caia apresenta uma “cota a rondar os 22 % da capacidade máxima e a distribuição de água está a ser feita consoante as necessidades dos agricultores”, segundo Aristides Chinita, da Associação de Beneficiários do Caia.
“Neste momento, ainda não estamos a limitar o fornecimento de água. Até meados de outubro, a campanha de rega está assegurada”, garantiu.
Se não chover, até ao final de outubro, Aristides Chinita considera que poderá ocorrer “uma catástrofe porque deixará de haver água para as culturas já instaladas”, não estando nunca em causa o abastecimento às populações.
No que diz respeito à Barragem do Abrilongo, no concelho de Campo Maior, esta encontra-se a atravessar “um período crítico e com algumas dificuldades de gestão”, segundo o presidente da Associação de Amigos do Xévora, António Pinheiro.
“A barragem tem atualmente uma cota de 23% de água” o que, segundo António Pinheiro, “deverá chegar para garantir a campanha de rega até dia 15 de outubro”.
Com um inverno praticamente sem chuva e um verão a atingir temperaturas de 40 graus, o armazenamento de água não foi garantido e, atualmente, já há barragens que não conseguem garantir o abastecimento de água para as campanhas de rega.
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