
O PS conquistou a câmara municipal de Évora com 29.83% dos votos, nas eleições autárquicas do dia 12 de outubro. Carlos Zorrinho, ex-eurodeputado é o atual presidente da Câmara Municipal de Évora.
Em declarações à RNA, o autarca referiu que os eborenses com este executivo “podem contar com uma visão otimista e ambiciosa para a cidade e para o concelho, sem esquecer que não há nenhum caminho que não passe por resolver os problemas cotidianos das pessoas, nomeadamente os problemas que sentem todos os dias, os problemas da limpeza, os problemas do trânsito, os problemas do estacionamento, talvez o problema mais estruturante, mais difícil da nossa cidade que é o acesso à habitação acessível, mas também eu gosto mais da palavra solução do que da palavra problema, capacidade de aproveitar as grandes oportunidades que esta cidade tem, a oportunidade de ser capital europeia da cultura, a oportunidade de ter uma universidade que é a segunda mais antiga do país e que é uma universidade com enorme potencial, de há 39 anos, termos um centro histórico património da Unesco, de termos um novo hospital central que será, do ponto de vista da saúde, uma grande oportunidade, de termos uma área de expansão em termos económicos no domínio do espaço da aeronáutica, dos dados, que é muito promissora em termos da gastronomia, o património, ou seja, o que podem esperar é uma autarquia que não será um bloqueio, uma autarquia que não será uma fonte de problemas, uma autarquia que será um parceiro e que estará ao lado dos eborenses, das empresas, de quem quiser investir em Évora para, de uma forma sustentável, transformar esta cidade, que é uma cidade média, numa grande cidade, aquilo que eu costumo chamar, exigir, como uma grande capital europeia do Sul”.
Quando questionado, como pensa governar sem maioria absoluta, Carlos Zorrinho, respondeu: “eu sempre pensei em governar da mesma maneira, com ou sem maioria absoluta. Sempre falei, em maioria estável, nunca falei em maioria absoluta, que é falando com todos, procurando soluções articuladas e criando soluções que tenham a maioria dos eborenses. Porque se as soluções que encontrarmos foram soluções que mobilizem a maioria dos eborenses, os seus representantes políticos estarão mais à vontade, também para permitirem a resposta política de solução. Aliás, neste mês de experiência, tive já a oportunidade de verificar que votámos com unanimidade todas as propostas da reunião da Câmara, a reunião da Assembleia Municipal, que só assisti, naturalmente, porque é um órgão da estrutura do município diferente, mas houve um grande consenso na forma como foram distribuídas as suplementações e a forma como ela foi organizada. Tive a oportunidade, e isso honrou-me muito, de ter sido escolhido por unanimidade, em voto secreto, presidente da Comunidade Intermunicipal, e é um pouco nessa linha, respeitando o trabalho das oposições, esperando que elas também respeitem o nosso trabalho, com muita transparência e procurando sempre que a estabilidade seja uma estabilidade que vem do território, digamos assim, para a Câmara e que depois a Câmara reflete”, concluiu.
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