
O Núcleo Regional do Sul da Liga Portuguesa Contra o Cancro promove um rastreio do cancro da pele e oral em Montemor-o-Novo, dia 14 de junho, entre a 9.00 horas e as 18.00 horas.
Custódia Falcão, coordenadora do grupo de apoio de Évora da Liga Portuguesa contra o cancro, referiu à RNA, que “este rastreio é promovido pela Liga Portuguesa contra o Cancro, uma entidade de referência a nível nacional, legalmente constituída em 1941, assente em dois pilares fundamentais, a humanização e a solidariedade, e tendo como missão o apoio ao doente oncológico e familiares, a promoção da saúde na prevenção do cancro, quer através da prevenção primária, quer através da prevenção secundária e o apoio à formação e investigação em oncologia. A prevenção secundária tem a ver com os rastreios. Neste âmbito, o rastreio do cancro da mama já se encontra devidamente estruturado, tendo sido também iniciados rastreios para o diagnóstico precoce do cancro da pele e do cancro da cavidade oral”.
“O principal objetivo destes rastreios é identificar lesões pré-malignas ou malignas em fases iniciais, como o melanoma e o não melanoma, no caso de cancro da pele, ou lesões pré-malignas ou malignas, no caso do cancro oral, garantindo que os utentes tenham acesso ao devido seguimento no Serviço Nacional de Saúde em tempo útil. No que diz respeito ao cancro da pele, tem-se registrado um aumento significativo na sua incidência, o que reforça a importância de exames completos da pele realizados por dermatologistas. Estes exames são essenciais para detetar lesões em estados tratáveis, contribuindo para uma intervenção precoce e eficaz. No caso do cancro oral, ele é mais comum em homens e mulheres com mais de 45 anos, com a incidência a aumentar consideravelmente até aos 65 anos. O diagnóstico precoce destas lesões é fundamental para reduzir a taxa de mortalidade associada a esta doença, permitindo intervenções atempadas e eficazes”, acrescentou.
“Não sendo possível realizar ações a toda a população, os critérios utilizados para a seleção dos utentes prioritários constam num cartaz de divulgação e são os utentes com mais de 50 anos ou utentes com menos de 50 anos e pelo menos uma das seguintes características: História pessoal de cancro, da pele ou outra; História familiar de cancro da pele; Mais de 50 sinais; pele e olhos claros, ou profissão que implique grande exposição ao sol, pescador, agricultor, jardineiro, construção civil, etc. Naturalmente que estes são os critérios, mas, havendo vaga, qualquer pessoa poderá fazer, mesmo não estando incluído nestes critérios que são indicados. Relativamente ao cancro oral, os critérios utilizados também para a seleção dos utentes prioritários, que são utentes pertencentes ao grupo de risco, fumadores com idade igual ou superior a 40 anos e com hábitos alcoólicos, utentes com queixas de dor, lesões, alterações da cor ou da superfície da mucosa oral, aumento de volume não habitual das estruturas da boca ou vias aéreas superiores, sensação de dormência oral ou perioral e utentes referenciados por médico de família. Naturalmente que também aqui, havendo vaga, qualquer um poderá fazer este rastreio, desde que haja vaga”, reforçou.
“A participação do utente nesta ação pode resumir-se no seguinte: é feita a observação da pele por parte do médico dermatologista e da cavidade oral por parte do médico dentista. Estes médicos elaboram uma carta de diagnóstico que os utentes levarão depois ao médico de família para o devido encaminhamento. Por parte da Liga Portuguesa contra o Cancro é feito também o acompanhamento, o contato com os utentes sinalizados, ou seja, os que forem observados com lesões suspeitas, lesões pré-malignas e neoplasias”, rematou.