
Hoje na rubrica “Espaço APORMOR” fala-se sobre a situação atual da agricultura no concelho de Montemor-o-Novo.
Joaquim Capoulas, presidente da direção da APORMOR, referiu à RNA, que “pela primeira vez, desde há muitos anos, talvez há três décadas, que nós, agricultores, sentimos que os mercados não estão a compensar pela dedicação, pelo esforço que os agricultores, provavelmente, no concelho de Montemor-o-Novo, têm feito ao longo dos anos melhorar as suas estruturas, melhorar a sua genética animal, inclusivamente o montado, os cuidados que se tem com o montado que domina a grande parte da superfície agrícola útil do concelho. Nós vivermos só dos rendimentos que vêm através da PAC é ilusório e as pessoas, não acreditam que seja um rendimento real daquilo que é o seu trabalho, é um contributo que é pago só para estarem no território, o que é importante também para não haver o abandono cada vez maior dos nossos agricultores e não haver a atração dos mais jovens para protegerem os nossos sistemas rurais, produtivos e ecológicos. Isso é importante. Mas quando nós recebemos um sinal dos mercados que aconteceu na década de 1980, os mercados remuneravam muito bem e no período anterior, antes do 25 de abril, eram só os mercados que compensava o trabalho dos agricultores e, portanto, era daí o rendimento que tirava, aquilo que o mercado pagava. Aqui, até agora, tem sido a PAC, os rendimentos da PAC que têm permitido que as atividades agrícolas se tenham mantido, porque os mercados não compensavam.
Tudo para saber sobre este tema, com Joaquim Capoulas, na rubrica “Espaço Apormor”, que pode ouvir na emissão às 12:45 e às 16:30 horas ou no podcast abaixo: