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Olímpio Galvão faz balanço do trabalho do executivo no último anos e APORMOR manifesta as suas preocupações

Por ocasião da inauguração da Feira da Luz/Expomor, que teve lugar na passada quarta-feira, Olímpio Galvão, presidente da Câmara Municipal de Montemor-o-Novo, fez o balanço do trabalho do atual executivo no que diz respeito aos últimos 364 dias.

“A taxa de IRS dos montemorenses foi reduzida por ação do município, e a redução é de 2% em 2024, foram atribuídas 109 bolsas de estudo, no valor total de 99.900€, para alunos do Ensino Superior,  foram repavimentadas várias ruas de todas as freguesias do concelho, com tratamento igual para todas, sem olhar ao partido que gere os seus destinos, foram estabelecidos protocolos e transferências com as juntas de freguesia no montante global de 840.000,00€, numa relação de diálogo e proximidade, e de igualdade de tratamento, vários parques infantis foram reabilitados no concelho, e Montemor-o-Novo é neste momento o concelho do Alentejo Central com maior percentagem de parques infantis certificados, 88%, 15 em 17 parques”, trataremos de certificar os dois parques que faltam”, referiu  o autarca.

“A substituição do sintético do Parque Desportivo Municipal foi concretizada, complementando o investimento já feito no novo sintético do Grupo Cultural e Desportivo das Fazendas do Cortiço, proporcionando finalmente, excelentes condições desportivas para dezenas e dezenas de jovens montemorenses; a renovação da frota é uma realidade neste executivo, com a aquisição de viaturas ligeiras de transporte de passageiros, de mercadorias, de recolha de resíduos sólidos urbanos, equipamento de movimentação de terras, de tratores, e com um autocarro e um minibus a chegarem em setembro, baixando significativamente a idade média da frota municipal, proporcionando melhores condições de trabalho e maior eficiência dos Serviços, com menores custos de manutenção assegurados”, sublinhou.

“Apesar da constante preocupação com a falta de médicos no nosso concelho, e da nossa pressão a quem é responsável, nunca o município investiu tanto em infraestruturas para proporcionar as melhores condições para a prestação de cuidados de saúde. Investimentos em São Cristóvão, Cortiçadas de Lavre, Foros de Vale de Figueira e Cabrela, são disso um exemplo e principalmente nas Silveiras, com uma estrutura modular provisória, de excelente qualidade, a ser entregue na próxima semana, apesar do financiamento PRR aprovado para um posto médico definitivo. Não é pela Câmara Municipal que não existem condições para prestação de cuidados de Saúde no nosso concelho”, acrescentou.

Olímpio Galvão, salientou ainda “o apoio às Associações sem fins lucrativos do nosso concelho, nas mais diversas áreas, associações culturais, desportivas, recreativas, de solidariedade social, de proteção civil, tem crescido nos últimos anos e tem permitido o desenvolvimento do seu importante papel na sociedade montemorense. Este apoio veio a traduzir-se em mais de 1 milhão e quatrocentos mil euros de transferências municipais em 2023. O financiamento de 50% pela DGArtes, do Ministério da Cultura, na Rede de Teatros tem permitido proporcionar uma programação cultural invejável, que juntamente com a programação das  associações culturais do nosso concelho, o tornam num centro de criação e de mostra artística de relevo a nível nacional. O nosso castelo voltou a ser o centro de um evento de celebração histórica, a Feira Medieval, que regressou passados 19 anos, trazendo milhares de visitantes, que homenagearam os mais de 800 anos de história do nosso concelho”, rematou.

Durante a inauguração do certame, Joaquim Capoulas, presidente da APORMOR, manifestou algumas das suas preocupações em relação ao mundo rural que passam por exemplo pela redução acentuada dos efetivos das espécies pecuárias do pastoreio extensivo e a pouca importância dada às atividades económicas e às populações do Mundo Rural.

“Temos assistido nos últimos anos, principalmente em todo o Alentejo, a uma redução acentuada dos efetivos das espécies pecuárias do pastoreio extensivo, motivadas, principalmente, pela substituição na utilização, de vastas áreas de pastoreio e de produção cerealífera, por culturas permanentes de regadio de muito maior rentabilidade, pelo menos no imediato; A PAC (Política Agrícola Comum) que entrou em vigor em 2023, muito influenciada por radicalismos ambientalistas que fizeram da produção pecuária um dos alvos principais, baixou muito os apoios à produção pecuária do extensivo, o que aliado à baixa rentabilidade das vendas, constituiu um forte desincentivo à atividade; dois anos consecutivos de seca extrema, que obrigaram os agricultores a vender uma parte dos efetivos, para conseguirem alimentar os restantes animais”, referiu.

“A pouca importância dada às atividades económicas e às populações do Mundo Rural pelos últimos governos, certamente por representarem muito poucos votos. Recordar que o nosso Alentejo, um terço em área do território, elege 8 deputados num total de 230. No anterior governo a Ministra da Agricultura, sem competências conhecidas na área, ocupava o 16º lugar, o último na hierarquia do governo e assistiu-se a um contínuo desmembramento das estruturas do Ministério da Agricultura, que culminou com a absurda integração das Direções Regionais de Agricultura e Pescas na estrutura das CCDRs. As Direções Regionais de Agricultura são estruturas essencialmente técnicas de apoio e controlo, inclusive dos apoios da PAC, enquanto as CCDRs são órgãos, essencialmente, políticos, com composição e linhas de orientação política que podem variar de acordo com os resultados eleitorais. No atual governo a Agricultura subiu um único lugar na hierarquia, passando de último para penúltimo, o que também não abona muito em relação à relevância que lhe é dada, sublinhou.

“É fundamental a existência de um Ministério da Agricultura com peso político dentro do governo, qualquer que ele seja. A segurança alimentar é uma das condições essenciais de soberania. Por estas razões, era com alguma preocupação que na Apormor encarávamos a possibilidade de não conseguirmos repetir na Expomor/2024 os êxitos sucessivos dos últimos anos. Mas, a Expomor tornou-se no evento mais importante do país no que à pecuária extensiva diz respeito e os diversos criadores de genética não quiseram, mais uma vez, deixar de estar presentes em Montemor. A concentração dos melhores animais existentes em Portugal nos dias da Feira em Montemor proporciona visibilidade e oportunidade de negócios, principalmente através dos leilões de machos e fêmeas e dos concursos das espécies bovina e ovina, com júris, maioritariamente, de origem estrangeira”, rematou Joaquim Capoulas.

Recordamos que até dia 2 de setembro haverá muita animação com um programação musical diversa. Hoje sobe ao palco principal Valas a partir das 22.00 horas.

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