Foi apresentado na passada sexta-feira, no Salão Nobre, da Câmara Municipal de Montemor-o-Novo, um estudo de qualidade de redes móveis no concelho, realizado pela ANACOM, de modo a apurar a qualidade destas formas de comunicação.
Olímpio Galvão admite que a reunião foi positiva, no entanto, “neste momento é muito difícil fazer o que quer que seja porque estamos a falar de operadores privados”, apesar disso, “com este estudo conseguiremos pressionar esses operadores e agora aqui está visto por números, mapas, diagramas, onde é que são as zonas onde temos menos rede”, permitindo aos utilizadores e autarquias pressionar as empresas que prestam o serviço.
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Ao longo da reunião foi informado “por alguns presidentes de Junta, algumas dificuldades que há na distribuição de correio”, acrescentando que “terá de ser feita essa pressão por parte da ANACOM”, que deve ser dada a conhecer por escrito.
Relativamente às queixas realizadas por parte dos montemorenses em relação à falta de disponibilização de rede de fibra ótica, segundo o presidente da ANACOM, João Cadete de Matos, “não se explica porque o consumidor tem o desejo e a necessidade de ter fibra ótica para ter bom acesso à Internet”, adiantando que “está em marcha o desenvolvimento de um programa de financiamento público para levar a Internet a todas as casas em Portugal”, estando previsto, pela ANACOM, que “ao longo dos próximos dois, a três anos, no máximo, todas as casas, mesmo aquelas que estão mais longe da rede da Internet”.
Apesar das falhas de serviço de rede fibra ótica no concelho, João Cadete de Matos revela que há soluções para um serviço eficiente de internet, acessível a todos.
Apesar das falhas de serviço de rede fibra ótica no concelho, João Cadete de Matos revela que há soluções para um serviço eficiente de internet, acessível a todos, “é possível através de uma antena parabólica, de pequena dimensão, ligar-se à constelação de satélites que estão em órbita, de baixa altitude, à volta do planeta e que fornecem Internet com muita qualidade”, adianta.
Foi ainda dada conta, por parte da Câmara Municipal, da instalação de cabos de fibra ótica, em Montemor, por parte de uma empresa, que não tem licenças municipais, para esse efeito. O presidente da ANACOM compromete-se “a contactar essa empresa e a pedir a essa empresa que veja o que é que se passa porque, de facto, não é aceitável essa situação”.
Aos locais em que não existe fibra ótica, chamam-se zonas brancas, “área em que não existe cobertura de redes fixas de alta velocidade, designadamente redes de fibra ótica”, tal como explica Ilda Lopes, diretora de Apoio ao Conselho, na Área de Planeamento e Controlo, na ANACOM.
Por agora, o objetivo é levar um serviço de internet de alta velocidade a todas freguesias do concelho, sendo que, segundo Ilda Matos, o desejável seria que todas as casas já tivessem acesso a este tipo de serviço.
Neste momento, em Montemor-o-Novo, após a identificação das áreas brancas, será feito um trabalho de pesquisa sobre quais as habitações que têm ou não este tipo de serviço.
Quanto ao estudo, Vítor Rabuge, engenheiro da direção geral de supervisão, da ANACOM, revela que “foram quatro dias de trabalho intenso, fizemos mais de 500 a 600 quilómetros, em que o que tivemos a fazer foi testar, em simultâneo, a experiência que um utilizador, que visite o concelho de Montemor-o-Novo tem ao utilizar cada uma das três redes móveis”.
Segundo o estudo os resultados podiam ser mais satisfatórios uma vez que, no concelho de Montemor-o-Novo, há diversas freguesias onde não rede, o que impossibilita a comunicação, tornando as freguesias rurais, ainda mais isoladas.
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