A obesidade é um problema de saúde pública e as evidências científicas mostram que as consequências desta patologia na infância, como a hipertensão ou a diabetes, acabam por acompanhar a criança ao longo de toda a vida.
Os dados revelam que a incidência de diabetes tipo 1 entre a população pediátrica está a aumentar e a doença renal diabética continua a ser a principal causa de insuficiência renal a nível mundial.
De acordo com o médico Pintão Antunes, na edição desta semana do “De Boa Saúde”, a obesidade é “a maior calamidade da humanidade moderna e civilizacional”, até porque, lembra, em países de África ninguém é obeso.
“A grande culpa é dos pais e é do Estado, porque o Estado tinha a obrigação de criar condições para que os técnicos de saúde tivessem tempo para educar os pais, mas os pais também de ser educados e não reativos”, diz ainda o médico, que garante ainda que obesidade “arrasta” consigo a diabetes tipo 2, que, há coisa de 50 anos, “quase não existia”.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, são consideradas com excesso de peso, as crianças cujo Índice de Massa Corporal está entre os percentis 85 e 97, e acima destes valores com obesidade. O sedentarismo e a alimentação inadequada são fatores de risco para o desenvolvimento de obesidade, contudo ambos são possíveis de controlar.