O Orçamento Municipal para 2026, no valor de 17,271 milhões de euros, foi aprovado por maioria na reunião de Câmara realizada no dia 23 de dezembro, com a abstenção do PS. O documento reflete uma estratégia marcada pelo realismo orçamental e pela definição clara de prioridades, num contexto em que o Município dispõe de uma capacidade limitada para libertar verbas destinadas a investimento.

O Executivo assume como objetivo central aumentar a taxa de execução dos investimentos propostos, privilegiando a concretização efetiva dos projetos planeados. Nesse enquadramento, o Orçamento irá integrar no próximo ano, um saldo de gerência estimado em cerca de 3 milhões de euros, correspondente a investimentos que não foram executados em anos anteriores e que permitirá reforçar a capacidade de investimento em 2026. Trata-se, contudo, de uma situação excecional, que não se prevê que se repita nos próximos anos, uma vez que a prioridade passa por fazer e concretizar, assegurando uma execução mais eficiente e rigorosa.

Em termos de investimento, o Orçamento para 2026 centra-se no cumprimento das funções mais elementares do Município, dando prioridade à melhoria das condições de circulação e segurança, através da requalificação de passeios e pavimentações, bem como ao reforço da capacidade operacional dos serviços municipais, com a aquisição de veículos e máquinas indispensáveis ao seu funcionamento diário. A aposta na habitação e os investimentos no parque escolar municipal assumem igualmente um lugar central neste Orçamento, refletindo a importância atribuída à fixação de população e à qualificação das respostas educativas no Concelho.

Ao nível das atividades, mantém-se uma estratégia de continuidade das principais iniciativas municipais, e dinâmicas sociais, culturais e associativas. Destacam-se, em particular, novas respostas na área social, como a criação do Banco de Ajudas Técnicas, a implementação da preparação individualizada de medicamentos e a disponibilização de serviços de teleassistência para idosos isolados. Na área cultural, o Orçamento prevê o reforço da programação regular e o desenvolvimento do projeto ALMA, que irá assinalar os 500 anos de história de Vendas Novas, com vários momentos culturais ao longo do ano.

O Presidente da Câmara Municipal, Ricardo Videira, sublinha que «este Orçamento é, acima de tudo, um instrumento para assegurar as funções mais essenciais do Município, garantindo que os serviços básicos funcionam bem e que os investimentos prioritários são concretizados, com responsabilidade e rigor, ao serviço da população».