Os agricultores descontentes com as políticas da União Europeia saíram à rua em muitos Estados-membros no início deste ano para mostrarem a sua posição.
Hoje na rubrica “Espaço APORMOR”, Joaquim Capoulas fala sobre o verdadeiro papel do agricultor na Europa. “Com a globalização foi distribuído pelo mundo, aquilo que cada país iria fazer na parte da indústria e também na parte da agricultura, dos serviços, tudo isso. E Portugal estava destinado a ser um país de serviços e turismo, que foi a mensagem que o antigo Ministro Jaime Silva, aqui nos veio transmitir há cerca de 20 anos”, referiu o presidente da direção da APORMOR.
“Num colóquio que fizemos na APORMOR há dois anos atrás sobre a soberania alimentar em maio de 2022, uma pergunta que colocámos no ecrã para se debater foi qual o papel do agricultor, produtor de alimentos ou jardineiro. Foi a pergunta que colocámos para estimular o debate que foi moderado pelo nosso conterrâneo Camilo Lourenço e com a participação de políticos das várias tendências partidárias. Dali não se avançou muito mas ficou dado o mote para uma discussão que só este ano, em 2024, e depois da manifestação de agricultores em todo o mundo, e da guerra da Ucrânia não se ter tornado em algo passageiro mas em algo que nos ameaça a todos, agora o papel do agricultor mesmo na última revisão da última Política Agrícola Comum já é visto de outra maneira e agora principalmente depois das eleições Europeias”, acrescentou.
“A questão da soberania alimentar começou a ser vista como uma questão de defesa nacional, como já foi no antes da 2ª Guerra Mundial que em Portugal se fez a campanha do trigo para garantir alimentação suficiente”, rematou.
Tudo para saber sobre este tema, com Joaquim Capoulas, na rubrica “Espaço Apormor”, que pode ouvir na emissão às 12:45 e às 16:30 horas ou no podcast abaixo: