ETFEST, festival que celebra a criação artística emergente, chega a Montemor-o-Novo com oito espetáculos em quatro dias que terão a sua estreia absoluta n’O Espaço do Tempo nos fins-de-semana de 15 e 16 e depois 29 e 30 de novembro.
Pedro Barreiro, diretor artístico do Espaço do Tempo, referiu à RNA, que “durante dois fins de semana de novembro, com um intervalo de duas semanas entre cada um destes fins de semana, apresentamos duas estreias de cada vez, portanto, temos quatro estreias durante o mês de novembro, estreias absolutas, que decorrem do projeto de bolsas que nós temos em parceria com a Fundação “la Caixa” e com o Banco BPI, que atribuímos quatro bolsas anuais a jovens artistas com base em Portugal nas artes performativas, bolsas de 25 mil euros e duas semanas de residência para criarem o seu trabalho, as suas obras, que depois apresentam a estreia absoluta”. Isto começa este fim de semana, temos duas estreias na sexta-feira, uma às 19 horas e outra às 21.30 horas. E depois temos a reposição destes espetáculos no sábado, logo a seguir, também às 19h e às 21h30, trocando peças”.
“Na sexta-feira, dia 15, começamos às 19.00 horas, na Black Box, do Espaço do Tempo, com o espetáculo Frente a Frente. É um espetáculo de Inês Campos & Vahan Kerovpyan, que tem música, voz, texto e também tem dança. É um espetáculo multidisciplinar, que parte de uma história que fala de um senhor conhecido por Ramos Indiano, que tem um arquivo impressionante de bandas sonoras de Bollywood, sobre as quais canta e toca trancanholas. E estas pessoas, a Inês Campos & Vahan, criaram a partida dessas histórias um espetáculo chamado Frente a Frente, que entra neste show, pega em culturas do mundo, apropria a potência destas culturas, com tambores, com voz, com corpo, e tem como objetivo voltar a torná-los uma prática popular e acessível a todo o público. É assim que nós começamos na sexta-feira, dia 15 de novembro, às 19.00 horas, na Black Box do Espaço do Tempo. Depois, o segundo espetáculo que apresentamos, chama-se Kabeça Orí, consequência de uma trajetória que começou para Aoaní & Joyce Souza na cidade de Lisboa, acompanhando a história da presença negra neste território. Em Kabeça Orí, em diáspora, duas mulheres negras somam os seus passos e constroem um caminho relacionado com negritudes, diáspora, memória e ancestralidade. A peça volta a ser apresentada no dia 16 de novembro, às 19.00 horas”, acrescentou.
Dias “29 e 30 de novembro temos mais duas estreias, a primeira, a artista Mafalda Banquart estreia Flowers, combinando performance, reflexão filosófica e um DJ set. Flowers inspira-se, entre tantas outras coisas, em pinturas de Monet ou na discografia de Miley Cyrus. A peça repete no dia 30, às 21.30 horas. Também no último fim-de-semana de novembro, O Espaço do Tempo acolhe a estreia de cão de sete patas, da artista Bibi Dória, um trabalho entre a ficção e o documentário, o sonho e a memória, que parte do filme Copacabana Mon Amour (1971), de Rogério Sganzerla. Personagem de referência no cinema marginal brasileiro, Sônia Silk sonha com cães de sete patas, homem-animais e outros monstros. cão de sete patas é apresentado no dia 29 de novembro, às 21h30, e no dia 30 de novembro, às 19.00 horas, na Blackbox”, salientou.
