Espetáculos com Luísa Amaro e Luís Galrito, Cristina Branco, Teresa Tavares e Mariana Cardoso evocam os primeiros passos do poema-canção.
Em 17 de Maio de 1964, a Sociedade Musical Fraternidade Operária Grandolense apresenta um espetáculo, em que participam Carlos Paredes, na primeira parte, e José Afonso na segunda.
Esse espetáculo, em que José Afonso conhece Carlos Paredes, fica para a História por outra razão: em reconhecimento do espírito democrático e fraterno que então encontrara em Grândola, na Sociedade Musical Fraternidade Operária Grandolense, José Afonso compõe um poema intitulado Grândola, Vila Morena, cuja canção, dez anos depois, contribuirá para transformar Portugal numa democracia.
60 anos volvidos, o Município de Grândola recria esse acontecimento histórico, com três espetáculos evocativos dos primeiros passos do poema-canção:
No dia 17 de maio, às 21.30 horas, no Cineteatro Grandolense, apresentando, numa sessão igualmente dividida em duas partes, Luísa Amaro que interpreta Carlos Paredes, sendo a primeira mulher guitarrista profissional de Guitarra Portuguesa e a primeira a compor profissionalmente para este instrumento, que acompanhou durante muitos anos Carlos Paredes, e na segunda parte Luís Galrito, letrista, compositor e intérprete que irá interpretar José Afonso.
No dia 24 de maio, o Cine Granadeiro recebe às 21.30 horas o espetáculo Cristina Branco Canta José Afonso.
A cantora irá apresentar o disco “Abril” em que revisita temas bem conhecidos do álbum como “Venham Mais Cinco” ou “A Morte Saiu à Rua”. Em palco será acompanhada por Ricardo Dias no piano, Bernardo Moreira no contrabaixo, Alexandre Frazão na bateria e Mário Delgado na guitarra elétrica.
No dia 31 de maio, às 21.30 horas, o Cineteatro Grandolense recebe a sessão de poemas e canções «As Portas que Abril Abriu» com Teresa Tavares e Mariana Cardoso.