O número de burlas, conhecidas como “Olá Pai, Olá Mãe”, praticadas no país, têm vindo a aumentar: só este ano, a PSP já já registou quase 11 mil burlas, identificou 390 suspeitos e deteve 31 pessoas.
Num comunicado divulgado esta quarta-feira, 22 de novembro, a PSP recorda que, “para a prática deste crime, os suspeitos, através de mensagem escrita em aplicação de comunicação (maioritariamente WhatsApp), remetida de um número de contacto identificável, apresentam-se como um familiar muito próximo (filho ou filha) da potencial vítima, seguindo usualmente duas variantes de abordagem: refere que o telemóvel do filho ou filha avariou, ou que se perdeu, e que o contacto telefónico agora utilizado será o seu único contacto até reparação ou aquisição de novo equipamento; ou refere que alterou o contacto telefónico e que o número utilizado para remeter a mensagem passará a ser o seu habitual e único número”.
Depois desta abordagem inicial, “o diálogo através de mensagens continua, para dar credibilidade à história, considerando e confirmando que se tratará de uma relação familiar próxima e estruturada, até chegar ao propósito pretendido: solicitar a transferência ou envio por intermédio de plataforma de uma quantia monetária, com a justificação de que se destina ao pagamento da reparação ou aquisição de um novo telemóvel, ou pedido de “empréstimo” para liquidar uma despesa urgente”.
A PSP explica que, “quando a vítima tenta o contacto através de chamada de voz, a mesma não é atendida e é remetida mensagem escrita com uma justificação e incentivando o contacto só por mensagem escrita”. Por esta razão, alerta a polícia, “o contacto através de chamada de voz é a primeira e mais rápida forma de prevenção e de despiste de que poderá estar a ser alvo de uma tentativa de burla”.
Com o intuito de reduzir o risco de vitimização, a PSP aconselha:
“- Ligue sempre para o número original dos seus filhos e, caso consiga falar com eles e confirmar que se trata de uma tentativa de burla, reporte a situação de imediato à PSP.
– Não realize qualquer transferência de dinheiro sem, pelo menos, previamente conseguir falar de viva voz e reconhecer a pessoa com quem pensa estar em conversação;
– Despiste possíveis tentativas de burla com perguntas simples que, em princípio, o seu familiar conheça (quais as datas de aniversário de ambos, qual o curso e a universidade que frequentam ou frequentaram, qual a matrícula do carro da família, etc).”