Com a notícia, no mês passado, de que, através do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), Montemor-o-Novo vai ter ao dispor quase seis milhões de euros para recuperar e reabilitar o Convento da Saudação, a associação “O Espaço do Tempo” já vê uma luz ao fundo do túnel, para poder regressar à sua casa, que irá ser transformada num Centro Nacional de Artes Transdisciplinares.
Ainda que a associação, diz o seu diretor artístico, Pedro Barreiro, faça “de tudo” para garantir as “melhores condições” no acolhimento a artistas nacionais e internacionais, noutros três espaços da cidade, a verdade é que “o impacto” do Convento da Saudação é outro. “O Convento tem um impacto muito mais efetivo, do ponto de vista poético, da infraestrutura, da relação com a cidade e da relação que as pessoas, que vêm de fora, têm quando estão connosco”, garante.
Considerando esta uma notícia “muito feliz”, Pedro Barreiro não esconde que todos aqueles que são parte integrante d’“O Espaço do Tempo” já ansiavam por ela há bastante tempo. As experiências vividas no Convento da Saudação, diz ainda, são “inesquecíveis”, sendo que o próprio espaço influencia “determinantemente” a criação dos espetáculos e de performances.
“Mal podemos esperar por voltar ao Convento, para desenvolver a nossa atividade e para podermos elevar a atividade de ‘O Espaço do Tempo’ a outro nível”, remata.
De recordar que, por ano, “O Espaço do Tempo” promove mais de cem residências artísticas. A expectativa é que a obra do Convento da Saudação possa ter início até final deste ano.