A eletricidade e o gás natural são dois dos bens essenciais que aumentam este ano, sendo que na fatura da luz o aumento varia entre 1,6 e 3 por cento em algumas empresas.
Por outro lado, há também empresas que mantêm ou diminuem o preço cobrado ao consumidor.
Marco Santos é sócio da empresa Gold Energy e explica que além de não aplicarem nenhum aumento, “ainda temos um bónus de 20 euros para novos clientes. Além disso, não vamos aplicar a taxa Mibel, que é a taxa que está a ser muito falada e resulta do mecanismo de ajuste ibérico. Portugal e Espanha fizeram um acordo com a União Europeia da limitação do gás natural. Como nós não vamos buscar o gás à Rússia, mas sim ao norte de África, não estamos a ser afetados por isso. No entanto, a bolsa de energia da Península Ibérica estava a sentir esse aumento, devido ao disparar de energia no norte da Europa”.
A Taxa Mibel já está presente em algumas faturas da luz, à medida que os contratos são renovados ou sempre que um novo se concretize com algumas comercializadoras, e vai ser um dos fatores responsável pelo aumento da fatura.
No entanto, no caso da Gold Energy, “uma vez que produz energia à base de bolsas de energia renováveis, não é necessário aplicar a taxa Mibel”, garantiu Marco Santos.
De acordo com Marco Santos, “a taxa Mibel sofre alterações constantes e isso vai sentir-se para o bem e para o mal. Consoante o comercializador de energia a consoante o nível de gás natural que é necessário para abastecer os seus clientes, assim vai ser o aumento registado. Os consumidores só vão saber o valor a pagar no final do mês, quando o fecho do OME apresentar o valor do Mibel”.
No final do mês, o aumento tanto pode ser “de dois ou três euros como de 50 euros”.
No que diz respeito à eletricidade o preço vai aumentar 1,6% para quem está em mercado regulado; já no mercado liberalizado, a EDP Comercial anunciou um aumento de 3; a Endesa prevê manter o valor global das faturas; a Iberdrola informou que a fatura de eletricidade dos clientes vai descer, em média, 15% e a Galp vai reduzir as faturas em cerca de 11%, exceto taxas e respetivos impostos, que são fixados pelo Estado.
Já a fatura do gás natural vai aumentar, a partir deste mês, cerca de 3%.