Mais de metade dos países de todo o mundo, devido à pandemia Covid-19, interrompeu parcial ou totalmente o tratamento de hipertensão.
Em 49 por cento dos países foram descurados os tratamentos de diabetes, em 42 por cento foi afetado o tratamento de doenças oncológicas e, em 31 por cento, as emergências cardiovasculares ficaram sem atendimento, revela um estudo da Organização Mundial de Saúde.
O médico Pintão Antunes, na edição desta semana do “De Boa Saúde”, revela não encarar com bons olhos o abandono que foi feito à diabetologia, lembrando que a doença é uma das principais causas de morte em todo o mundo.
“Custa-me muito o abandono que fizeram à diabetologia. Há doenças que estão totalmente abandonadas, ou por incúria política ou por motivos de ordem económica”, revela o médico, adiantando que a diabetes é a segunda causa de morte em todo o mundo.
“Não se morre de diabete, morre-se da sua complicação. A pessoa morre de doença cardiovascular. Um diabético tem mais sete hipóteses de morrer por doença cardiovascular que um não diabético”, explica ainda.
A interrupção de consultas e tratamentos de doenças não transmissíveis em tempos de pandemia é o tema em destaque, esta semana, no “De Boa Saúde”, com Carlos Falcato e o médico Pintão Antunes.
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