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PS Évora acusa CP de “retrocesso histórico” e exige fim da discriminação ferroviária no Alentejo

A Federação de Évora do Partido Socialista (PS), fez chegar um comunicado è redação da RNA, onde dá conta do seu descontentamento relativamente à “recente decisão da CP – Comboios de Portugal de substituir as modernas e confortáveis carruagens Intercidades que servem o Alentejo por automotoras UTE 2240, material manifestamente inadequado para longas distâncias. Esta medida representa um grave retrocesso na qualidade do transporte público da região e um desrespeito pelos seus utentes.

A decisão surge na sequência de um acidente na Linha da Beira Baixa, fazendo com que, mais uma vez, o Alentejo seja a variável de ajuste para os problemas da rede ferroviária nacional. A troca de material circulante penaliza diretamente os milhares de passageiros que diariamente dependem do comboio para trabalhar, estudar e se deslocar, forçando-os a viajar em condições de desconforto e indignidade.

Recorde-se que foi uma decisão de um Governo do Partido Socialista, em 2019, que permitiu ao Alentejo receber pela primeira vez um serviço Intercidades com carruagens dignas, pondo fim a décadas de utilização de material obsoleto e inadequado. A decisão atual da CP anula essa conquista e repõe uma política de discriminação que se julgava ultrapassada”.

Luís Dias, Presidente da Federação de Évora do PS, afirma que “esta decisão é inaceitável e revela um profundo desrespeito pelos alentejanos. Não somos, nem aceitamos ser, cidadãos de segunda. A conquista de um transporte ferroviário digno foi um passo importante para a coesão territorial e o desenvolvimento do Alentejo. Retirar-nos agora essa condição, usando a nossa região como solução de recurso, é uma afronta que não vamos tolerar. Exigimos que a CP e o Governo revertam esta decisão imediatamente.”

O Partido Socialista não aceita este retrocesso e exige:

 * A reposição imediata das carruagens Intercidades nas ligações ao Alentejo.

 * Um compromisso claro por parte da CP e da Tutela de que o Alentejo não voltará a ser discriminado na alocação de material circulante.

 * A continuidade do investimento na modernização da ferrovia na região, essencial para o seu desenvolvimento económico e social.

O Alentejo merece e exige um transporte público de qualidade, em igualdade de circunstâncias com qualquer outra região do país.

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