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Alentejo apresentou Plataformas Regionais no âmbito da EREI 2030

Teve lugar no passado dia 12 de junho de 2025, no Auditório da CCDR Alentejo, I.P., a Sessão de Apresentação das Plataformas Regionais, uma iniciativa integrada na Estratégia Regional de Especialização Inteligente – EREI 2030.

O evento reuniu decisores políticos, representantes de instituições públicas e privadas, academia, e especialistas nacionais e internacionais com o objetivo de refletir sobre um modelo de desenvolvimento regional mais sustentável, coeso e inovador.

A sessão de abertura contou com as intervenções de Fernanda Ramos, Presidente da Fundação Alentejo, Maria João Costa, Vice-Reitora da Universidade de Évora, e António Ceia da Silva, Presidente da CCDR Alentejo, I.P., que sublinhou a importância da articulação institucional e da colaboração estratégica como pilares do futuro da região, num contexto europeu e global em constante transformação.

Um dos momentos centrais do programa foi o pitch de apresentação das plataformas regionais, conduzido por Mónica Silvares, Editora Executiva do ECO – Economia Online.

Foram apresentadas as quatro plataformas colaborativas com objetivos estratégicos distintos, mas complementares: a PACT, centrada na articulação, cooperação e ordenamento territorial, apresentada por Margarida Santos; a PlaSuCT, orientada para a promoção da sustentabilidade e coesão territorial, apresentada por Sofia Cardoso; a PlaCaPRe, focada no reforço das cadeias produtivas regionais, apresentada por Tiago Santos; e a PlaQuaR, dedicada à qualificação dos recursos humanos, apresentada por Beatriz Peixe. Esta última plataforma destacou-se pela ambição de desenvolver um sistema digital de monitorização e alinhamento entre oferta formativa, competências disponíveis e necessidades do mercado regional.

Seguiu-se a primeira mesa redonda, dedicada ao modelo de governação da EREI 2030 e ao Espaço de Descoberta Empreendedora, moderada por Tiago Teotónio Pereira, Vogal do Programa Regional Alentejo 2030, que iniciou a sessão com uma breve apresentação sobre a adaptação da Estratégia Regional de Especialização Inteligente às novas prioridades da União Europeia. Destacou a importância de a região alinhar a sua visão de desenvolvimento com os novos objetivos e exigências no contexto europeu, mantendo a coerência territorial e a proximidade aos agentes locais.

Carlos Almeida, consultor do Programa Regional Alentejo 2030, sublinhou a importância do trabalho evolutivo que tem vindo a ser feito no âmbito da EREI e da importância de uma governação colaborativa e flexível, capaz de integrar visões territoriais diversas e gerar soluções baseadas em conhecimento. Maria João Serrano, Secretária Técnica do Programa, explicou os mecanismos de operacionalização da estratégia e a função das plataformas enquanto pontos de articulação entre atores e setores. Já Artur Santoalha, da Agência Nacional de Inovação, enquadrou a EREI numa lógica europeia, referindo boas práticas e a relevância de um modelo participativo, dinâmico e orientado para resultados.

A segunda mesa redonda, teve como tema os recursos endógenos do território – As Pessoas. Paulo Resende da Silva apresentou o modelo digital proposto pela PlaQuaR, plataforma que visa facilitar o planeamento estratégico de recursos humanos, identificando lacunas de competências e promovendo a requalificação alinhada com os setores-chave da região.

A sessão contou ainda com a participação remota de Neysan Khabirpour e Lorenzo Pelizzari, da PROGNOS, que contribuíram com a apresentação do Observatório de Talento do Alentejo, atualmente em fase de estruturação. Esta ferramenta visa monitorizar em permanência as dinâmicas de qualificação, necessidades setoriais e evolução do mercado de trabalho regional, funcionando como um instrumento de apoio à decisão para políticas públicas e para os agentes económicos e educativos.

Ao longo da tarde, ficou evidente o empenho dos diferentes intervenientes em consolidar um modelo de desenvolvimento assente na especialização inteligente, na cooperação estratégica e na valorização dos recursos humanos como motor de transformação económica e social do Alentejo.

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