A Cercimor é uma instituição sediada em Montemor-o-Novo que tem como principal objetivo a promoção da inclusão social, autonomia e qualidade de vida de crianças, jovens e adultos em situação de risco, com deficiência ou com problemas de inserção sócio-profissional.
Cristina Saloio, presidente da direção da Cercimor, fez aos microfones da RNA, um balanço muito positivo do ano que está agora a terminar.
“O ano de 2024 foi mais ou menos desafiante, mas penso que conseguimos dizer que foi um balanço positivo. Culminar com uma exposição a mostrar o nosso trabalho acho que é prova desse balanço positivo. Conseguimos realmente concretizar muitos dos nossos objetivos programados em plano e por isso também para nós é sempre de alguma forma bastante satisfatório. Consideramos que as unidades da instituição foram criando estratégias para também colmatar algumas dificuldades, ao nível inclusive de recursos, e sentimos que cada vez mais estas instituições têm subida de poder com determinadas situações, nomeadamente estas que são os recursos humanos. Sentimos que as instituições têm aqui um percurso em conjunto, ao nível nacional, de olhar para o futuro, seja na área da pessoa com deficiência, outras áreas do setor social, porque são instituições de solidariedade social, mas que também elas devem ter o seu cuidado nos recursos humanos e cada vez mais é importante que eles sejam valorizados também”, referiu Cristina Saloio.
“Ao nível do terceiro setor, infelizmente temos ainda um caminho muito grande a fazer e sentimos cada vez mais, pessoas novas, recém-licenciadas, formadas, que não consideram estas áreas aliciantes para iniciar o seu percurso profissional. E é uma preocupação, é uma grande preocupação que estas instituições têm e a Cercimor não deixa de ter dificuldades em fazer a contratação de pessoas, para inclusive ficar a viver no Alentejo, na nossa zona, e por isso há que realmente repensar muitas práticas e políticas, inclusive de fuga, e também as instituições iniciantes para que haja aqui um percurso a ser feito. Porque as atividades, os projetos, só são possíveis se nós também tivermos condições financeiras, mas também humanas. E quando deixamos de ter também essa faceta deste puzzle, torna-se difícil. Mas, realmente, com aquilo que nós conseguimos durante o ano de 2024, considero que foi um ano bastante positivo, conseguimos chegar aos nossos objetivos. Claro que queremos sempre mais e, por isso, já temos o nosso plano 2025 aprovado em Assembleia e vamos continuar”, acrescentou.
“Para o ano 2025, temos aqui vários projetos. Alguns deles queremos realmente concretizar que já vêm de anos anteriores. Tem a ver com os próprios edifícios, nomeadamente a sede da instituição sediada na Crespa da Figueira, nós temos um espaço que necessita urgentemente uma remodelação. Permitindo, inclusive, à própria direção fazer outro tipo de projetos e outras candidaturas, até para beneficiar um maior número de pessoas e também querer trazer uma mais-valia financeira para a própria instituição. É esse o grande projeto que nós vamos ter durante o ano de 2025, conseguir financiamento para um projeto, estamos a falar de valores de mais de 600 mil euros. E é isso que estamos a tentar através de várias parcerias, de apoios dos municípios, do município de Montemor, inclusive da própria Segurança Social. Todos os parceiros que vão diariamente connosco também percebendo as nossas dinâmicas”, rematou.