O acordo preliminar de 2019 entre a União Europeia (EU) e o Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Bolívia) encontrou resistência devido a preocupações ambientais. Os agricultores europeus afirmam que o acordo permitiria a importação de produtos com normas ambientais menos exigentes, ameaçando os seus meios de subsistência.
Sobre esta questão, Joaquim Capoulas, presidente da direção da APORMOR, referiu à RNA que “no nosso mundo rural, no nosso mundo da produção agrícola, pecuária, neste momento está em debate na Europa os acordos comerciais entre a Europa e a América do Sul, denominada Mercosul, que já vem a falar-se desde 2010. Tem sido tão difícil esse acordo que ele tem sido adiado, já teve para entrar em vigor várias vezes, a última foi em 2019, agora está-se a querer implementá-lo em 2024, neste mês de novembro.
“É algo que pode ser muito penalizador para a nossa região, de Montemor, onde a produção pecuária é o setor ligado ao mundo rural com mais relevância. Porque, mais uma vez, parece que a pecuária, é o extensivo, é o sequeiro, que serve de moeda de troca, já aconteceu assim última reforma da PAC, em que houve setores da agricultura que foram beneficiados, mas em detrimento dos nossos sistemas agropecuários extensivos”, acrescentou.
“Aqui nos acordos da Mercosul sempre foi a questão da carne, que nós produzimos aqui nos nossos campos, sempre foi também uma moeda de troca. é o que os europeus, os alemães, os franceses querem vender para lá tecnologia em troca de produtos”, rematou.
Tudo para saber sobre este tema, com Joaquim Capoulas, na rubrica “Espaço Apormor”, que pode ouvir na emissão às 12:45 e às 16:30 horas ou no podcast abaixo: