Está a decorrer até às 18.00 horas, de amanhã, domingo, a 1ª Mostra de Artes e Ofícios de Montemor, no Pavilhão de Exposições da Cidade.
Este evento conta com dezenas de artesãos, não só do concelho de Montemor-o-Novo, como de outros pontos do país.
António Danado, presidente da União de Freguesias da Vila. Bispo e Silveiras, referiu á RNA, no recinto do evento que este tipo de iniciativas é muito positivo “primeiro porque o desenvolvimento da atividade por parte de uma associação como é a Ciranda é importantíssima para nós, aliás, nós temos sido parceiros da Ciranda desde a primeira hora. É com a Ciranda também que vamos a França, é também com a Ciranda que temos feito, em parceria, muitas outras atividades. E estas parcerias são importantes para o conselho de Montemor”.
“A primeira edição é sempre mais complicada, custa muito mais a arrancar e parte sempre daquilo que é, por natureza, o movimento associativo. Muito dar de si próprio, dar muitas horas para os outros, mas, acima de tudo, mostrar também. Esta mostra da artesanato revela também aquilo que cada um faz por gosto, mas também para ter alguma rentabilidade, como é lógico, porque também não andamos aqui todos só pelos nossos bonitos olhos. Nós temos tentado, acima de tudo, não nos imiscuir, nem não nos substituir, é acima de tudo apoiar. E é essa que tem sido a grande política que a União de Freguesias, têm levado a cabo desde há 15 anos que eu assumo a presidência da Junta, que é, acima de tudo, estar lá, estar ao lado, não se sobrepor, não impor vontades, estamos cá para apoiar naquilo que quiserem”, crescentou.
“A importância para Montemor é mais uma revelação dos nossos artesãos. E isto é importante essencialmente para que nós nos possamos também conhecer todos. Nós temos tido alguma dificuldade a ser antecedida uma atividade importante também na Feira da Luz e aí também tem demonstrado, também através do artesanato, a importância que tem o artesanato para Montemor e para todos aqueles que fazem a ocupação do seu tempo livre, que já começa a ser pouco. Mas, de facto, também aqui hoje, com esta amostra, tenta-se mostrar”, rematou António Danado.
Paula Cinzas, presidente da direção da Associação de artesãos Ciranda, referiu que “o artesanato teve uma grande transformação ao longo das décadas e dos séculos, mas aqui nesta mostra temos essencialmente o artesanato utilitário. No entanto, com as variadíssimas áreas de intervenção, desde a cerâmica, à cestaria, à pintura, portanto, muito por onde escolher”.
Ao longo destes dois dias vão realizar-se várias oficinas, o dia de hoje começou com a oficina de cestaria pelo associado da Ciranda Joaquim Canivete, “que é cesteiro já há 30 anos, depois vamos ter à tarde a oficina de pintura alentejana com a Mestre Etelvina, mais tarde iremos ter a oficina de bordados e durante o dia vamos ter com certeza os grupos corais”, salientou.
“Amanhã, domingo, vamos ter a oficina de tingimento em tecido com a cebola roxa de Montemor, que foi uma iniciativa que começámos na Feira da Luz o ano anterior e resultou muito bem, portanto, temos já trabalhos feitos com o tingimento dos tecidos a partir deste produto local. Vamos ter também a construção em Eva e depois à tarde a oficina de macramé”, acrescentou.
Em termos de animação, hoje “temos então o Grupo Coral da ARPI e o Grupo de Dança, o Rancho Folclórico Etnográfico Montemorense e depois à noite a celebração do Cante com o Coral D’Oras e o Grupo Coral Ecos do Monte. Amanhã, domingo, temos então o Rancho Folclórico Fazendeiros de Montemor-o-Novo e um projeto do município, a Oficina do Cante”, rematou.