Caiu o pano sobre mais uma edição do Imaterial. O Teatro Garcia de Resende (TGR) foi o palco privilegiado deste evento promovido pela Câmara Municipal de Évora e Fundação Inatel. A entrega do prémio Imaterial à investigadora Salwa Castelo-Branco foi um dos momentos marcantes da última noite de festival.
Salwa Castelo-Branco foi distinguida com base no trabalho desenvolvido em Portugal, no Egipto e em Omã, com um foco particular em política cultural, nacionalismo musical, identidade, música e media, modernidade, patrimonialização, e música e conflito. A docente universitária publicou vários estudos sobre música tradicional portuguesa e participou ativamente nas candidaturas do Fado e do Cante Alentejano a Património Imaterial da Humanidade.
A entrega do prémio coube ao Presidente da Câmara Municipal de Évora, Carlos Pinto de Sá, e a Francisco Madelino, Presidente da Fundação Inatel. O autarca eborense, no seu discurso, destacou a obra da vencedora deste prémio e reforçou o papel desempenhado pelo Imaterial na promoção e valorização dos valores do humanismo. O presidente da Fundação Inatel deixou a certeza de que Évora pode afirmar-se como capital da diversidade.
A última sessão dupla de concertos abriu com Melisa Yildirim, da Turquia e Swarupa Ananth, da Índia. As artistas conheceram-se numa residência artística, em 2022, e tocam juntas desde então. Em conjunto promovem o encontro entre a música sufi e as percussões indianas.
Para o final estava reservada a festa. De bem perto, da vizinha Andaluzia espanhola, veio a energia contagiante de Tomasito. O flamenco, o rock, o pop e o ska são parte integrante do reportório deste cantor que, em palco, assume uma postura de excentricidade, com várias indumentárias e uma alegria contagiante que “obrigou” o muito público – que esgotou o TGR – a dar um pezinho de dança.