As obras de ligação do Alqueva ao Monte da Rocha, concelho de Ourique, deverão avançar no primeiro trimestre deste ano, num investimento que ultrapassa os 28 milhões de euros. A empreitada tem um prazo de execução de 21 meses.
Há muito que o Município de Ourique defende a concretização desta ligação ao Monte da Rocha. Numa altura em que a água é cada vez mais escassa, num tempo em que chove cada menos, este investimento é decisivo para a sustentabilidade e desenvolvimento no concelho de Ourique, projetando mais vida e oportunidades para o interior.
Marcelo Guerreiro, presidente da Câmara de Ourique, diz tratar-se de “um investimento público muito significativo e um compromisso que existia com o território que vem dar garantia de sustentabilidade de água para o abastecimento publico no Monte da Rocha e um novo impulso no desenvolvimento económico da região através da criação deste novo bloco de rega”.
A assinatura do contrato da empreitada de construção do circuito hidráulico de Monte da Rocha, em Ourique, e do novo bloco de rega de Messejana, no concelho de Aljustrel, ambos no distrito de Beja, decorreu ontem, dia 11 de janeiro, no Posto de Observação e Comando do Alqueva, localizado junto do paredão da barragem, presidida pela ministra da Agricultura e da Alimentação, Maria do Céu Antunes. Nesta cerimónia esteve, igualmente, o secretário de Estado do Ambiente, Hugo Pires.
Esta obra permitirá o reforço à albufeira do Monte da Rocha para regadio e abastecimento público, bem como a criação de um novo bloco de rega com 2.330 hectares, nos concelhos de Aljustrel e Ourique, no âmbito do empreendimento do Alqueva.
Situada no concelho de Ourique, a albufeira do Monte da Rocha assegura o abastecimento público neste município e nos concelhos de Almodôvar e Castro Verde, assim como em parte dos de Mértola e Odemira, todos no distrito de Beja.
A empreitada, com um prazo de execução de 21 meses, permitirá ainda uma ligação direta ao canal que sai do Monte da Rocha e que rega o perímetro já existente de Campilhas e Alto Sado, servindo cerca de 1.800 hectares nos concelhos de Ourique e Santiago do Cacém e onde o acesso à água tem estado muito limitado para a agricultura.