A Associação A.XAT – Associação de Xadrez A Torre, campeã nacional da I Divisão e vencedora da Taça de Portugal de Xadrez, e o presidente da Câmara Municipal de Montemor-o-Novo, Olímpio Galvão, foram recebidos nesta quarta-feira, 3 de agosto, na Embaixada da Ucrânia, em Lisboa, pela embaixadora Inna Ohnivets e pelo primeiro secretário Volodymyr Kozlov.

A A.XAT – Montemor-o-Novo homenageou o povo ucraniano, na primeira jornada do Campeonato Nacional da I Divisão, incluindo o Brazão Ucraniano no seu equipamento. Foi este gesto da A.XAT que esteve na origem desta receção, um convite da Embaixada da Ucrânia, onde a associação montemorense ofereceu um quadro com uma camisola desse equipamento e a fotografia da equipa vencedora, a que se juntou a oferta de uma outra camisola para o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.

O presidente da Câmara de Montemor-o-Novo transmitiu a solidariedade do Município na luta do povo ucraniano contra o invasor russo. A população montemorense, desde o primeiro momento, mostrou também a sua solidariedade, com a entrega de bens alimentares e de primeira necessidade, que foram enviados para a Ucrânia. O concelho de Montemor-o-Novo recebeu também cinco famílias ucranianas, cujas crianças estão integradas na escola e beneficiam de apoio social.

A embaixadora ucraniana agradeceu os diversos apoios e a solidariedade dos Montemorenses, entregando uma carta ao Município com a solicitação de cooperação e de estabelecimento de relações de amizade com cidades ucranianas, revelando que todo o apoio à reconstrução da Ucrânia será bem-vinda.

A Guerra na Ucrânia tem trazido algumas consequências que começam a ser sentidas, um pouco, por toda a Europa, principalmente no aumento do custo de vida.

Por esse motivo, têm sido vários os setores afetados com a escassez de produtos, ou matérias-primas, vindas deste país, e o setor da agricultura não foge à regra.

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Segundo Joaquim Capoulas, presidente da Apormor, em Montemor-o-Novo, “Portugal através das suas políticas desprezou, um pouco, a sua soberania alimentar”, consequência da fraca “autossuficiência alimentar, no caso dos cereais é uma base da alimentação do nosso povo, que só tem 4% de produção”, sendo esta uma situação que poderia ter sido evitada.

O engenheiro acredita que “pensamos que com o poder local, com a nossa câmara podemos traçar alguns objetivos, no ordenamento do território onde há espaço para tudo”, existindo “zonas de cultura, onde se pode produzir em maior quantidade, temos a Barragem dos Minutos, pequenos regadios individuais, há pequenas parcelas em quase todas as propriedades agrícolas e outras onde se deve manter os habitats para todas as espécies”.

Em relação à situação de incerteza que se vive, consequência da guerra que se vive às portas da Europa, o presidente da Apormor considera que é necessário “sentar na mesma mesa, todos os que, no nosso concelho, se preocupem com o bem-estar das populações, com a sustentabilidade dos meios rurais e com as preocupações ambientais”.

Joaquim Capoulas realça que “é necessário criar consciência de que o mundo mudou e que aquelas certezas que se tinham com a globalização, que era atribuir a cada parte do mundo, as suas tarefas”, já não é viável. Segundo o engenheiro “Portugal não pode estar dependente de tudo o que vem de fora porque se há uma crise e se esta situação de guerra alastra, ai vamos ter situação parecida com os anos 30, antes da II Guerra Mundial”, alerta.

A situação de incerteza que se vive na Europa, gerada pela Guerra na Ucrânia é uma preocupação para os agricultores e produtores portugueses.

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