No serão do passado dia 10 de junho, feriado nacional, o Cineteatro Curvo Semedo foi palco para o concerto “Da Primavera ao Verão”, pela Orquestra Sem Fronteiras, dirigida pelo Maestro Martim Sousa Tavares.

O concerto, com orquestra de câmara, partiu da primavera da vida, neste caso, de Benjamin Britten, com a sua primeira composição de catálogo, numerada com o Op.1 e escrita em 1932, quando o compositor contava apenas 18 primaveras. Transitou depois para o verão, com a serena e calorosa Pastoral de verão do suíço Arthur Honegger, composta em 1920 e inspirada por umas férias de verão nos alpes suíços. Por fim, celebrou-se o Alentejo nas suas quatro estações e em outras tantas paisagens, com a obra de João Nascimento, resultado duma encomenda da OSF ao compositor natural de Arraiolos e inspirada, precisamente, em quatro locais do seu Alentejo.

No final, deu-se um abraço entre o maestro Martim Sousa Tavares e o compositor João Nascimento, que também esteve na plateia a assistir a este concerto.

A edição deste ano da iniciativa O Tapete está na Rua, que terminou ontem em Arraiolos, teve um sabor especial, uma vez que é a primeira edição que se realiza após a inscrição da candidatura do Tapete de Arraiolos no registo nacional de inventário.

Para Sílvia Pinto (na foto), presidente da Câmara Municipal de Arraiolos, é muito importante “valorizar o Tapete de Arraiolos e salvaguardá-lo para gerações futuras. Estamos a trabalhar no dossier para podermos apresentar a nossa candidatura à UNESCO. É um trabalho que tem o seu tempo e que queremos fazer bem porque o tapete merece isso”.

A diretora regional de cultura do Alentejo, Ana Paula Amendoeira (na foto à direita), explica que “nenhuma candidatura pode ser apresentada à UNESCO sem estar primeiro inscrita no registo nacional de inventário. Foi preciso cumprir esse procedimento estando uma parte da candidatura já feita”.

Ana Paula Amendoeira refere que “o papel da direção regional de cultura é o de apoiar na elaboração destes dossiers, para que estes processos tenham o melhor resultado possível”.

O Tapete de Arraiolos, com origem na vila alentejana com o mesmo nome, foi inscrito, em setembro do ano passado, no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial.

O Abrigo dos Velhos Trabalhadores celebra hoje 55 anos de existência. Esta organização sem fins lucrativos nasceu a 13 de junho de 1967.

Tal como adianta o presidente desta Associação, Francisco Catarro, esta é uma IPSS que “tem que desenvolver ação, num conjunto de três valências de apoio social, o chamado Centro de Dia, o Apoio Domiciliário e o Lar”.

O presidente afirma que por agora “vemo-nos forçados, uma vez mais, a tomar medidas ajustadas à realidade”, explicando ainda que “o aniversário de Abrigo, na data em que ele se assinala, segundo o calendário será simbolicamente assinalado, com uma ou outra animação interna”, estando a ser pensada, para mais tarde, uma celebração solene.

A altura da pandemia foi bastante prejudicial para a saúde mental dos utentes que se viram obrigados a ficar confinados naquele espaço, tendo o “isolamento ditado e tem sido um fator extraordinariamente adverso para a saúde mental dos nossos utentes”.

Francisco Catarro deixa ainda uma mensagem especial aos utentes e trabalhadores do Abrigo dos Velhos Trabalhadores, “acreditamos que a instituição irá perdurar, que não perderá a sua filosofia de prestação de cuidados e de serviço queremos continuar a fazer, e a fazer bem, queremos fazê-lo de uma forma humana, que respeite a individualidade de cada um dos nossos utentes”.

O Abrigo dos Velhos Trabalhadores de Montemor-o-Novo, é uma IPSS sem fins lucrativos, com o objetivo principal de dar apoio à população idosa do concelho de Montemor-o-Novo, contribuindo para melhorar a qualidade de vida dos idosos.