Com um investimento de quase dez milhões de euros, o projeto de ampliação do Parque do Alentejo de Ciência e Tecnologia (PACT), em Évora, é, aos olhos da ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, o exemplo daquilo “que tem que ser o caminho em todos os territórios do interior”, assente, sobretudo, no conhecimento, na inovação e nas pessoas.
Ana Abrunhosa garantiu aos jornalistas, após a da inauguração do Centro Infante Dom Henrique, o primeiro dos quatro novos edifícios da ampliação do PACT, que “a Europa também é isto”: investimento numa infraestrutura científica e tecnológica. “Coesão é isto, quando nós, a partir do conhecimento e das potencialidades que o território tem, geramos novas dinâmicas, aumentamos a competitividade das empresas, ajudamos a criar novos setores de atividade no território, fixamos e atraímos talento. Isto é coesão social e territorial, com o enorme apoio da Europa”, assegurou.
O caminho a trilhar, em regiões mais desfavorecidas, como o Alentejo, deve ser feito “com conhecimento, com inovação, com todas as atividades económicas dos territórios, diversificando a base económica dos territórios”.
“Mesmo que hoje colocássemos todos os recursos ao serviço de uma estratégia completa, iria demorar anos a ter resultados. Nós tivemos décadas em que estes territórios, em que o país não teve as melhores políticas para estes territórios. Reverter isto demora, mas é este o caminho”, afirmou.
Este novo edifício, hoje inaugurado, é o primeiro centro de quatro, projetados para a ampliação do PACT, com “assinatura” do arquiteto portalegrense Carrilho da Graça. A obra, segundo o arquiteto, é “relativamente singular”, com sistemas de construção “simples, económico e muito durável em todos os aspetos práticos e físicos”.
Com este alargamento e este novo edifício, explica o presidente do conselho executivo do PACT, o professor Soumodip Sarkar, procura-se, acima de tudo, unir o conhecimento das Universidades e Politécnicos da região às empresas, para a formação de novas startups. O projeto de ampliação vai permitir ao PACT acolher cerca de 60 novas empresas, ligadas principalmente às área da Aeronáutica, Economia Circular, Indústria 4.0 e Tecnologias da Saúde.