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Município de Vendas Novas defende interesses em reunião sobre estudo ambiental do novo aeroporto

No dia 30 de setembro, o Presidente da Câmara Municipal de Vendas Novas, Valentino Salgado Cunha, acompanhado por técnicos municipais, reuniu com a equipa responsável pelo estudo de impacto ambiental do novo aeroporto de Lisboa, denominado Aeroporto Luís de Camões.

Na sessão, foram transmitidas preocupações e identificadas oportunidades que este investimento estrutural poderá trazer para o desenvolvimento do Concelho, nomeadamente os impactos ambientais que poderá causar na envolvência e a necessidade de salvaguardar a qualidade de vida das populações, sem pôr em causa o desenvolvimento do território.

Por parte da equipa do estudo foi apresentada a planta da futura infraestrutura, bem como as previsões de expansão e de procura, confirmando-se a sua localização, já anteriormente anunciada, nos terrenos do Campo de Tiro de Alcochete, numa área situada a cerca de 25 km de Vendas Novas.

O Município deu a conhecer os instrumentos de planeamento em curso, como os planos relativos ao Parque Empresarial e Industrial, o Plano de Urbanização dos Foros da Misericórdia e a nova versão do PDM, revista este ano. No entanto, o Presidente sublinhou que este último terá de ser novamente avaliado quando se iniciar a construção do aeroporto, dado que a sua proximidade geográfica potenciará o crescimento populacional, a instalação de novas atividades económicas, áreas logísticas e infraestruturas. Um cenário que exigirá maior oferta habitacional e a reestruturação de serviços públicos, em particular nas áreas da educação e da saúde, embora o aumento da capacidade escolar já esteja previsto no Concelho.

Foi igualmente reforçada a necessidade de melhorar as acessibilidades. Ao nível rodoviário, voltou a ser proposto o que já tinha sido defendido junto do Ministro das Infraestruturas, nomeadamente a construção de um eixo complementar que ligue a A6, na zona da Afeiteira, ao novo aeroporto, passando por Piçarras e pela Estrada Nacional 4. Para esta mesma zona foi também proposta a criação de uma plataforma logística rodoferroviária, que funcionaria como polo central de um novo parque de atividades económicas de apoio à infraestrutura aeroportuária. Ainda no transporte rodoviário, foi salientada a importância de uma maior integração na rede da Carris Metropolitana.

Também no campo das acessibilidades, o Município destacou a urgência de se realizar um estudo abrangente sobre os serviços ferroviários a sul do Tejo, contemplando cenários com e sem a Terceira Travessia, de forma a aumentar o número de ligações de e para Lisboa.

Para o Presidente da Câmara, “o aeroporto constitui uma oportunidade única para o crescimento e desenvolvimento de Vendas Novas, mas temos de ir atrás dos impactos positivos, trabalhar para que não sejamos apenas um Concelho no Alentejo, mas sim um Concelho na primeira frente do aeroporto. Não podemos deixar que os limites administrativos sejam muros – quando são apenas linhas imaginárias – e que isso impeça o progresso de cá chegar”.

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