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Especialistas discutem Plano de Ação para salvaguarda do fabrico de chocalhos

Apostar na criação de um plano de ação, na formação de formadores e na certificação de origem geográfica foram algumas das conclusões do encontro de especialistas, que decorreu no passado dia 5 de dezembro, na Fábrica Chocalhos Pardalinho, em Alcáçovas, para assinalar os 10 anos da classificação do fabrico do chocalho como Património Cultural Imaterial com Necessidade de Salvaguarda Urgente pela UNESCO, e que contou com a presença do presidente da Câmara Municipal de Viana do Alentejo, Luís Metrogos, e do vice-presidente, António Padeirinha.

O encontro que reuniu especialistas como Ana Paula Amendoeira, vice-presidente da Comissão de Coordenação Regional do Alentejo para a área da cultura, Pedro Prista, antropólogo – ISCTE, Filipe Themudo Barata, Cátedra UNESCO em Património Imaterial e Saber-Fazer Tradicional da Universidade de Évora, Arnaldo Frade, delegado regional do Instituto de Emprego e Formação Profissional, Claudino Matos, representante da ACOS, Alexandra Correia, da Associação Terras Dentro, António Costa da Silva, Diretor Financeiro da Évora 2027, Carlos Cupeto, professor universitário da Universidade de Évora e José Manuel Santos, presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo, serviu para discutir realidades, caminhos e estratégias que possam contribuir para a salvaguarda do fabrico do chocalho.

Depois de ouvidos os vários especialistas ao longo do dia, a vice-presidente da CCDR – Alentejo teceu elogios ao Município de Viana pela “forma consciente de assinalar os 10 anos da classificação do fabrico de chocalhos com uma sessão de trabalho com pessoas que sabem do assunto e lidam com esta realidade diariamente”. Ana Paula Amendoeira salientou a importância da existência de um grupo de trabalho com vista à criação de um Plano de Ação exequível para colocar em prática diariamente/regularmente, dado algumas das medidas do plano de salvaguarda não terem sido cumpridas. A governante garantiu que é, igualmente, importante “trabalhar linhas de financiamento integrais que já existem, nomeadamente na área da formação” para garantir o ensino da continuidade desta arte, bem como apostar na

certificação de origem geográfica, que acrescente valor de mercado aos chocalhos. Para tal, é necessário “trabalho, visão e estratégia”.

Presentes estiveram ainda os chocalheiros Guilherme Maia, Francisco Cardoso, Nuno Grosso, o esquilaneiro, Rodrigo Sim-Sim e o pastor Manuel Coxola.

O encontro visou relançar o plano de salvaguarda do fabrico de chocalhos que pretende garantir a sustentabilidade e transmissão (salvaguarda) de uma arte que faz parte da identidade e da genuinidade não só da freguesia de Alcáçovas e do concelho de Viana do Alentejo, mas também da região Alentejo, e que ajude a criar uma estratégia que contribua para a sua continuidade.

Recorde-se que o processo de candidatura que teve âmbito nacional, coordenado pelo antropólogo Paulo Lima, foi liderado pela Turismo do Alentejo e Ribatejo, em colaboração com a Câmara Municipal de Viana do Alentejo e a Junta de Freguesia de Alcáçovas.

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