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Grupo independente de artesãos uniu-se para criar o Manifesto pelo Futuro do Artesanato

Está em marcha uma iniciativa inédita em Portugal: um grupo independente de artesãos e artesãs uniu-se para criar o Manifesto pelo Futuro do Artesanato, um documento coletivo e participativo, construído a partir das vozes de quem vive o saber fazer no dia a dia.

Célia Macedo, oleira em Montemor-o-Novo e uma das mentoras da iniciativa, referiu à RNA, que “a iniciativa surgiu a partir de um grupo de artesãos, teve como primeiro objetivo entender o estado de saúde dos sectores a partir dos seus verdadeiros protagonistas, que no fundo são os artesãos. Isto está a ser feito com recurso a um processo totalmente participativo e aberto através de um questionário online, que está a ser preenchido por artesãos e está aberto ainda até dia 19 de julho, portanto até o fim desta semana. Já contamos com mais de 220 participações de todo o país, incluindo Montemor, e com uma vasta representação de muitos dos ofícios que fazem parte do território das atividades artesanais”.

“Nós estamos aqui numa altura em que se está constantemente a falar da revitalização do artesanato e da relevância nos dias de hoje e o que nós queríamos era que, através deste manifesto sobre o artesanato, que pudéssemos ter nós, artesãos, uma voz ativa também nesta conversa que muitas vezes acaba por deixar os artesãos um bocadinho à margem. E depois, para além disso, este manifesto pretende também ser uma ferramenta de visibilidade, de valorização, de identificação, feita não por quem observa o setor, mas também por quem o conhece, aliás, sobretudo por quem o conhece, como nós o detetamos e depois esperamos que tenha um impacto positivo no futuro do artesanato em Portugal e na sua salvaguarda. No fundo, as vantagens que se pode tirar daqui, os benefícios vão ser para todos os artesãos, incluindo aqui o nosso Concelho de Montemor que tem muitos artesãos, portanto, esperamos que isto também chegue a todos nós aqui. No fundo, é trabalhar para assumir o artesanato como um setor económico e cultural de relevância”, sublinhou.

“A melhor forma para terem acesso ao questionário será irem à minha página que é Célia Macedo Ceramics, eu tenho lá o questionário em link na minha página no Instagram. Se não encontrarem podem enviar-me uma mensagem no Facebook também em Célia Macedo Ceramics, eu envio o link do questionário”, acrescentou.

“Eu sou uma artesã de Montemor, sei que Montemor tem muitos artesãos e já tivemos algumas participações, ainda bem, mas queria muito ter o máximo de testemunhos daqui da nossa região. Não só de Montemor, mas também do Alentejo. Neste momento, a maior percentagem de respostas vem de Lisboa e Vale do Tejo, o que é muito bom, sei que existem muitos artesãos nessa zona, mas eu sei e todos sabemos que o Alentejo tem muito artesanato. Era importante termos essas vozes também neste processo”, rematou a artesã Célia Macedo.

Formulário de participação (online):
https://forms.gle/p3wNjw2QmKNfzwqP7

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