
A AFABE – Associação de Formação Artística e Bem-estar, de Montemor-o-Novo, está a levar a cabo o projeto cultural Musiartes25 até dia 8 de julho.
O objetivo do referido projeto é levar a música tradicional portuguesa a espaços onde ela raramente chega, é o caso de lares de idosos, instituições sociais e outros contextos de isolamento social, proporcionando assim momentos de alegria, identidade e memória às pessoas institucionalizadas, muitas delas privadas do acesso regular a eventos culturais.

Carla Loureiro, presidente da direção da AFABE, referiu à RNA, que “enquanto associação de formação artística e promotora da cultura local, achámos que seria interessante levar a nossa cultura a quem não tem acesso a ela, ou seja, pessoas institucionalizadas que não conseguem, por várias questões, deslocar-se a eventos culturais. Então daí surgiu a nossa ideia de levar cultura e tradição a estes espaços, em cooperação com diversas instituições como, por exemplo, na Casa João Cidade, a 29 de Abril, o Lar da Santa Casa da Misericórdia, o Abrigo dos Velhos Trabalhadores, a Associação de Proteção Social à População de Santiago do Escoural e o Centro Social de São Paulo. Junto destas instituições, iremos levar, então, a música e a tradição, de forma a reavivar memórias e, assim, trazer também uma alegria e um brilho a quem não tem acesso à cultura”.

Carla Loureiro em relação ao primeiro dia do projeto, refere que “foi muito interessante, tivemos uma boa adesão, uma participação, um contacto e uma intergeracionalidade. Começámos com quatro mini concertos promovidos pelo Grupo Modas a Quatro e iremos ter mais dois mini concertos, digamos assim, uns concertos intimistas na próxima segunda e na próxima terça-feira, com o Grupo Coral e Instrumental Vozes de Canaviais, que são nossos parceiros neste projeto”.
Esta é a primeira vez que a AFABE desenvolve um projeto deste tipo, onde é a associação a dirigir-se às instituições.“O ano passado nós fizemos um festival social em que levámos as pessoas ao parque de feiras e exposições e aí promovemos um encontro também dentro da música tradicional, nos mesmos moldes, mas fora das instituições. Acaba por não chegar a todos os utentes porque, como já referi, há pessoas que não têm mobilidade e é complicada a deslocação e nós este ano achámos que seria benéfico levar a cultura aos locais, às instituições”, rematou Carla Loureiro.