
No dia 5 de maio, realizou-se uma reunião extraordinária da Comissão Municipal de Proteção Civil – CMPC que teve como ponto único o debriefing para avaliação da Crise Energética de 28 e 29 de abril, onde todos os envolvidos ponderaram efetuar um balanço do que aconteceu, de forma a que, apesar da situação complexa que se viveu, pudesse refletir-se e melhorar a preparação para futuras situações.
Na reunião estiveram presentes o Presidente da Câmara Municipal e o restante Executivo do Município de Montemor-o-Novo, a Coordenadora Municipal de Proteção Civil, o Adjunto de Comando dos Bombeiros Voluntários de Montemor-o-Novo, o Comandante do Posto Territorial da GNR de Montemor-o-Novo, da Autoridade de Saúde Coordenadora do Alentejo Central, a Coordenadora da UCC Monte Mor, do Centro Distrital de Solidariedade e Segurança Social, do Hospital de S. João de Deus, do Hospital do Espírito Santo, da Santa Casa da Misericórdia de Montemor-o-Novo, das Juntas de do concelho, do Agrupamento de Escolas de Montemor-o-Novo, do Agrupamento 894 CNE, e da CERCIMOR. Estiveram também presentes os serviços municipais envolvidos na resolução das diversas situações.
Todas as entidades e serviços municipais presentes se pronunciaram, referindo como ponto negativo a falta de comunicações, o que tornou difícil a difusão de informação que chegasse à maioria da população, assim como a comunicação entre entidades, o que levou a que a informação fosse passada presencialmente e através de comunicados impressos e colocados em vitrines do município. Outros pontos negativos apontados foram o desconhecimento sobre a necessidade de cuidados médicos sentida por alguma população, a necessidade de combustível para geradores e para viaturas, a preocupação com o normal abastecimento de água potável caso o evento se prolongasse e a necessidade de equipamentos, nomeadamente geradores e meios alternativos de comunicação.
Como pontos fortes, foram destacados a rápida reunião da CMPC, a capacidade de organização e articulação das entidades que integram a CMPC e dos serviços municipais, a capacidade de abastecimento de água à população por cisterna, com prioridades definidas, para o dia seguinte, e a preparação de reserva de alimentos e de soluções alternativas para confeção de alimentos. Referiu-se ainda a utilidade do Hospital S. João de Deus para suprimir algumas necessidades (medicação refrigerada e acolhimento de doentes com necessidade de oxigénio e CPAPs) e a capacidade do movimento associativo para apoiar as IPSSs.
Os desafios e oportunidades de melhoria identificados passam pela preparação das instituições para serem mais autónomas e apoiarem a comunidade, pela adaptação da população ao uso de recursos alternativos, e pela criação de um plano de comunicação de emergência (incluindo, informação e sensibilização da população, distribuição porta a porta e rádio local). Foi feito um apelo para que, em situações semelhantes, farmácias, instituições e população contactem os Bombeiros Voluntários devido à sua capacidade de resposta e comunicação permanente com o SMPC.