Na tarde de sábado, dia 8 de março, a Biblioteca Municipal Almeida Faria de Montemor-o-Novo, recebeu o lançamento do livro ‘Montemor-o-Novo, um pouco de história e algumas curiosidades’, do montemorense Augusto Mesquita.

Em declarações à RNA, o autor referiu que “o que me fez escrever este livro foi uma revolta tremenda com um programa televisivo da autoria do saudoso José Hermano Saraiva, que fez um programa sobre Montemor-o-Novo e tratou tão mal, tão mal, Montemor, quer dizer, só mostrou as coisas ruins, não mostrou uma única coisa boa, nada, nada. Revoltado com o programa, escrevi para a RTP a mostrar a minha insatisfação e depois pensei, vou escrever um livro. Então escrevi um livro sobre Montemor, são atualmente, 360 temas que estão contemplados com 653 fotos. É o maior livro que alguma vez se fez em Montemor. Isto só por amor à camisola é que se consegue, editei por minha conta e risco. Foi lançada a primeira edição no Convento de São Domingo e os 50 exemplares esgotaram-se logo nesse dia. Depois a Câmara falou comigo no sentido de fazer uma reedição da obra, chegámos a acordo facilmente sobre a cedência dos direitos da autor”.

Questionado sobre, se vai continuar a escrever, Augusto Mesquita respondeu: “eu tenho a impressão que agora que parou, eu já tenho cinco livros, cinco compilações e dois originais, duas peças de teatro. A primeira até teve direito a ser gravada pela RTP em 1963. Depois, no ano seguinte, avancei com outra peça de teatro porque fui ator amador, essa peça, que era o imprevisto, foi reprovada pela censura do Estado Novo, reprovada na totalidade, proibida de ser representada em Portugal. Tenho um livro sobre o Grupo União Sport, tenho outro sobre São João de Deus e os padres montemorenses, os padres naturais de Montemor. Depois, foi um sobre a Carlista, quando a sociedade Carlista comemorou os 150 anos, e agora o último, foi do grupo dos Amigos de Montemor, quando comemorou os 50 anos”sublinhou.

O montemorense Augusto Mesquita, de 80 anos de idade ainda contou que “45 anos dos meus 80 anos foram dedicados ao associativismo montemorense. Eu passei por oito instituições montemorenses”, sublinhou.