
O concelho de Arraiolos acolhe, a 15 e 16 de Março, o fim-de-semana inaugural da 21.ª temporada do Festival Terras sem Sombra, com o tema: Autoras, Intérpretes, Musas: O Eterno Feminino e a Condição da Mulher na Música (Séculos XIII-XXI).
As Filipinas são o país convidado com a apresentação de quatro concertos e outras iniciativas consagradas à arte, à cultura e ao património deste gigante asiático, que dá cartas no mundo dos nossos dias.
O Concerto de abertura conta com a soprano Antoni Mendezona e o pianista Nuno Margarido Lopes: “Mundos Convergentes: A Canção Filipina e a Canção Europeia”. Património cultural destaca o Castelo de Arraiolos e o seu Paço dos Alcaides e acção de Salvaguarda da Biodiversidade propõe conhecer a Herdade de Coelheiros
Nos próximos meses, o TSS apresenta-se em 14 concelhos, repartidos por todos os distritos que compõem o território do Alentejo, juntando-lhe ainda o concelho ribatejano de Coruche e duas localidades espanholas com ligações a Portugal. Refere Sara Fonseca, responsável executiva pelo Festival: “este é o único projecto, na área da música, mas também do património cultural e da conservação da biodiversidade, que abrange todas as regiões do Alentejo.” E acrescenta: “estamos presentes nos distritos de Beja, Évora, Portalegre, Santarém e Setúbal, além de Espanha; temos trabalhado, ao longo das últimas décadas, com mais de 30 concelhos da nossa região, uma transversalidade digna de nota”.
Em 2025, a programação abarca mais de três dezenas de actividades, com especial destaque para a componente musical, sem esquecer os públicos mais jovens (e respectivas famílias) através do projecto Terras sem Sombra Kids. “Damos corpo a uma temporada musical regular do Alentejo, algo que tem de existir em qualquer região evoluída da Europa; trata-se, no fundo, de um serviço público, que aqui apresenta a particularidade de assentar na sociedade civil, coisa de que nos orgulhamos, num país onde isso não é muito usual”, recorda Sara Fonseca.
“Após uma longa travessia do deserto, em que foi crucial o apoio dos municípios nossos parceiros e da Fundação BPI – La Caixa, consideramos assaz relevante ter-se conseguido aceder de novo, em sede de concurso público, ao apoio da Direcção-Geral das Artes, na área da Programação”, sublinha José António Falcão.