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O Observatório do Sobreiro e da Cortiça acolheu um momento especial de diálogo intergeracional, reunindo artesãos e especialistas para uma reflexão essencial sobre a transmissão do conhecimento e os desafios do setor. Entre o saber de mestres como Arlindo Pirralho, Paulo Nunes, Adélio Real e António Luz, moderados por Carlos Faísca, abordaram-se questões-chave: Como preservar e inovar nos ofícios tradicionais? Como garantir a continuidade destas práticas num mundo em transformação? Entre oficinas, visitas e uma conversa aberta, a cortiça reafirmou o seu lugar como símbolo de identidade e património imaterial na região.
Ao longo dos três dias de programação imersiva sobre a cortiça e o saber-fazer tradicional, promovida pelo Programa Nacional Saber Fazer Portugal em parceria com o Município de Coruche e o Plano Nacional das Artes, jovens e seniores tiveram a oportunidade de aprender com as mãos na cortiça. A 27 e 28 de fevereiro, as oficinas de Adélio Real e António Luz proporcionaram um mergulho prático nas técnicas ancestrais, da confeção de peças utilitárias ao requinte do bordado geométrico. Em Ponte de Sor, a exposição Produção Artesanal Portuguesa trouxe uma perspetiva sobre a atualidade do saber-fazer ancestral, incentivando um olhar mais atento para a produção artesanal contemporânea.
Três dias, um objetivo comum: garantir que o conhecimento não se perde, mas se reinventa e partilha. Coruche e Ponte de Sor foram palco desta missão, aproximando a comunidade dos valores da sustentabilidade, do trabalho manual e da riqueza da cortiça.