A empresa Sociedade E79 Portugal tem vindo a realizar sessões públicas de esclarecimento no concelho de Montemor-o-Novo, relativas ao pedido de prospeção e pesquisa de depósitos minerais metálicos: um pedido que não é visto com bons olhos pela Câmara Municipal.

 “Tivemos uma ação de esclarecimento acerca do pedido de ocupação mineira chamada ‘Montemor-o-Novo’ e que incide em grande parte do território do nosso concelho. Estamos a falar de uma prospeção em cerca de 343 quilómetros quadrados do concelho, que incide nas freguesias de Santiago do Escoural, União de Freguesias da Vila, Bispo e Silveiras, São Cristóvão e Cabrela. A sessão de esclarecimento foi efetuada por um engenheiro não representante nem participante da empresa desta prospeção, mas um engenheiro que foi contratado para explicar o que é que mais uma vez, uma empresa se propõe a efetuar no nosso território. É uma prospeção nova, tendo em conta já alguns resultados atingidos desde os anos 50 até aos nossos dias, mas que pretendem de facto extrair minérios do nosso território, dos sítios privilegiados de ecossistemas, de montado, de natureza, de paisagem do nosso concelho, e que a Câmara Municipal naturalmente está completamente contra esta prospeção e contra a exploração mineira”, começa por explicar o presidente da Câmara, Olímpio Galvão.

“Para ter em conta os objetivos desta empresa que neste momento apenas tem 500 euros de capital social e que provém de fundos financeiros do mundo inteiro, esta empresa propõe-se a retirar 500 toneladas de ouro do nosso território, e para conseguir 500 toneladas de ouro do nosso território, tendo em conta que apenas em cada tonelada se encontram duas gramas, é preciso revolver 2500 toneladas da nossa serra, do nosso património”, rematou.

Ainda vão decorrer mais duas sessões públicas de esclarecimento, uma delas hoje, pelas 18.30 horas na Junta de Freguesia de Cabrela e dia 7 de março às 20.30 horas, no Centro Cultural das Silveiras.