O Projecto Ruínas é uma companhia de teatro, sediada em Montemor-o-Novo, que tem procurado um caminho singular de criação através da experimentação, cruzamento de disciplinas e influências e novas dramaturgias.
Francisco Campos, diretor artístico em conversa com a RNA, referiu que “o Projeto Ruínas é uma estrutura de criação teatral, é uma companhia de teatro que está em Montemor-o-Novo, sediada há 20 anos, desde 2004”.
“Nós produzimos, criamos e representamos peças de teatro da nossa autoria, geralmente no Cineteatro ou noutros espaços culturais da cidade e pelo país fora. O nosso propósito principal desde o início é criar objetos teatrais artísticos, ao longo dos 20 anos também diversificámos, não fazemos só criações, também fazemos formação, temos um festival que é as “Noites Curtas”, em junho nas oficinas do convento já há uma série de anos. Resumindo o que nos faz mexer é a criação, fazer as nossas peças, representá-las e mostrá-las ao público”, acrescentou.
Em relação ao percurso da companhia, Francisco Campos salientou que “ao longo de 20 anos já passámos por várias fases mas tem sido bom, senão não estaríamos aqui. O público vai variando, não é sempre o mesmo grupo de pessoas, ao longo dos anos tem mudado bastantes vezes, depende também das dinâmicas sociais, nós costumávamos ter muitos jovens, houve uma fase que tínhamos pessoas mais idosas”.
“Nós estamos em criação de um trabalho chamado “Verde”, que vai estrear no final de novembro, ao mesmo tempo estamos a ultimar um filme que em principio vai ser exibido no festival do Curvo Semedo que se chama “Arca”, ao mesmo tempo temos as nossas aulas regulares do teatro de todas as idades”, sublinhou.
O “Projeto Ruínas”, desenvolve formações com públicos mais jovens.
Catarina Caetano, diretora de produção adiantou à RNA, que é muito interessante trabalhar com estes públicos. “Todas as crianças e jovens e mesmo os adultos quando nos procuram é porque já têm um interesse específico em estar próxima desta área, de brincar ao teatro, de fazer este tipo de experiências mais artísticas, por isso torna-se fácil na medida em que não é uma coisa que seja imposta”.
“Todos os anos fazemos duas criações e duas apresentações públicas e agora estamos a reiniciar o ano letivo. Tenho quatro grupos, o grupo da oficina do imaginário, que é dos 3 aos 6 anos, onde fazemos atividades de família, exploramos expressões artísticas, é uma hora de brincadeira por semana. Depois com a oficina do teatro, temos dois grupos que é dos 6 aos 10 anos e dos 10 aos 14 com quem trabalhamos mais direcionados para o teatro e vamos criando espetáculos também sempre muito da autoria coletiva, existe ainda o grupo de teatro da escola secundária que se chama neste momento “o grupo de teatro do nosso agrupamento”, com este grupo já vamos desenvolvendo também projetos mais diversificados e estamos já numa fase de relacionamento com outros grupos de teatro escolar e juvenil, e ainda há o grupo de teatro dos adultos no centro juvenil”, rematou.