Foi para contestar “a competência de quem nos governa”, segundo os agricultores, que várias centenas de agentes do setor se reuniram, na manhã desta quinta-feira, 9 de fevereiro, em Portalegre, para se manifestar, num protesto que teve início junto à Associação de Agricultores do Distrito, no Parque de Leilões de Gado, seguindo-se uma marcha até à sede da Direção Regional de Agricultura.
A participar nesta manifestação, convocada pela Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), encontram-se cerca de 60 associações do setor, na sua maioria oriundas dos distritos de Portalegre e Évora, mas não só.
Entre aqueles que quiseram, por esta ocasião, manifestar a sua insatisfação perante a atual situação vivida, a Rádio ELVAS encontrou o presidente da Câmara de Arronches, João Crespo, que “a apoiar a causa”, lembra que a agricultura “é fundamental ao desenvolvimento da região e do país”. “É uma causa mais que justa, porque sem agricultura o país não pode progredir. É chegada a hora do Governo olhar para este setor fundamental da nossa economia e apoiá-lo como deve ser”, garante.
Os agricultores, que protestam contra aquilo a que apelidam de “desmantelamento do Ministério da Agricultura”, e que está a levar ao “desnorte governativo no setor agrícola e florestal”, exigem a demissão de Maria do Céu Antunes do cargo de ministra da Agricultura. “A ministra não percebe rigorosamente nada de agricultura”, garante uma das agricultoras presente nesta manifestação, lembrando que, neste momento, não há secretário de Estado e que, com a abertura de candidaturas aos fundos comunitários a 1 de março, ainda não há qualquer informação sobre o assunto.
“Eu espero que esta quantidade de pessoas que está nesta manifestação mostre o descontentamento em relação ao ministério da Agricultura, que é um ministério inexistente, que não procura uma estratégia para a agricultura em Portugal e os agricultores sofrem na pele a incompetência desta ministra”, diz outro agricultor.