A Trimagisto está a promover sessões de leitura “Em Voz Alta”, da obra Levantado do Chão, de José Saramago, pelas freguesias do concelho de Montemor-o-Novo, traçando a rota dos lugares pelos quais passa a narrativa desta obra.

Este ano, tal como explica Sira Camacho, arqueóloga que irá dinamizar as sessões do “Em Voz Alta”, “que juntam a história e as estórias”, estando este anos aliado às “celebrações do centenário de José Saramago, portanto vamos pelos sítios em que Saramago andou”, revela.

Este fim-de-semana a Trimagisto vai estar em Cabrela e, segundo a arqueóloga, “é muito interessante fazermos esta junção entre a estória e a arqueologia”, acrescentando que foi, “durante muitos anos, a tradição oral era a maneira como as pessoas transmitiam a informação e a história deles”.

Amanhã, em Cabrela, no Largo 1º de Maio, estará presente “um contador a acompanhar”, explicando ainda que as inscrições podem ser feitas “através das Juntas e também através da Trimagisto”.

Sira Camacho deixa ainda o convite a “todos os que queiram seguir o Em Voz Alta”, onde se falará sobre “os lugares e das pessoas que habitam estas freguesias de Montemor”.

O “Em Voz Alta”, projeto promovido pela Trimagisto, a propósito das comemorações do centenário do Nobel, acontece amanhã na freguesia de Cabrela com Sira Camacho, a partir das 18 horas.

A banda da Sociedade Antiga Filarmónica Carlista sobe ao palco, esta noite, às 21.30 horas, para o habitual concerto de aniversário que, este ano, não se realiza na Sociedade Carlista.

Pedro Barreiros, presidente da Sociedade adianta que “os bilhetes custam dois euros estão à venda na Bol do Município de Montemor-o-Novo, ou no Posto de Turismo”, revertendo o valor da bilheteira a favor dos Bombeiros Voluntários de Montemor-o-Novo.

Este é um concerto que não acontecia há dois anos, “este ano vamos fazer o concerto no Cineteatro, ao contrário do que fazíamos nos outros anos, que fazíamos na nossa casa”, tendo como coprodução “do Espaço do Tempo, vamos ter a participação do DJ Edgar Alberto e a temática do concerto vai ser a sustentabilidade”. O objetivo é “apelar às pessoas para refletir sobre a temática”, explicando ainda o presidente da Sociedade como é que cada um pode contribuir para este concerto, “as pessoas podem trazer uma planta, para estar em palco connosco, para fazer parte da cena e do espetáculo”.

Desta forma, “as plantas dos montemorenses vão embelezar o espetáculo e essas plantas vão regressar mais ricas para a casa de cada um dos montemorenses, que vão ter em casa uma recordação da Carlista, neste seu 161º aniversário”, realça Pedro Barreiros.

O músico considera que é “importante relembrar as pessoas que estamos aqui, que estamos com vida, e fazemos parte da solução de alguns problemas da sociedade”, acrescentando que “a Carlista faz bem, dá-nos um espaço de partilha que está cada vez é mais distante, até pela situação social que vivemos”, sendo esta, para Pedro Barreiros, “sinónimo de partilha, de convívio, de enriquecimento” pois “só tem lógica a Carlista existir se os montemorenses estiverem com ela”.

Quanto às próximas atividades está prevista “a tradicional sardinhada exclusiva a sócios, dia 1 de julho, depois vamos ter também, no dia 2, o Arraial Popular, aberto a toda a população”. Relativamente à Escola de Música da Carlista, o presidente explica que “este ano não vamos ter audição, a programação assim não o permitiu, bem como as condicionantes físicas e pessoais” da Escola.

“What a Wonderful World” é o nome do concerto de celebração dos 161 anos da banda da Sociedade Carlista, um concerto cuja bilheteira reverte a favor dos Bombeiros Voluntários de Montemor-o-Novo.

Este é um espetáculo que conta com a criação vídeo de Edgar Alberto, o desenho de luz de Rui Horta e a cenografia viva criada pelas plantas dos montemorenses.

A aldeia de Casa Branca, acolhe até amanhã, e após dois anos de paragem forçada devido à pandemia de Covid-19, “Preocupada”, uma organização das Oficinas do Convento.

Segundo explica Margarida Sanches, responsável pela comunicação das Oficinas do Convento, “a Preocupada é um evento multidisciplinar da Oficinas do Convento, até 2018 chamava-se “Cidade Preocupada”, porque as atividades ocorriam aqui na cidade”, sendo uma forma destas oficinas ocuparem espaços na cidade, “desde 2019 que, não no mudámos completamente mas fomos também para a Casa Branca”, sendo parte da programação do evento, pensado para a aldeia.

Margarida adianta que para hoje está previsto às 10 horas, “um passeio pela Casa Branca, para conhecer os espaços”, acrescentando que “vamos ter alguns workshops durante o dia um de cianotipia, um tipo de impressão fotográfica, vamos ter um workshop de escultura pela associação “Pó de Vir a Ser”, de Évora, vamos ter também um escultura participativa”, sendo ideia principal juntar pessoas “no Largo da Estação em Casa Branca e participarem numa escultura a partir de tijolos produzidos por nos”.

Haverá ainda “um Torneio de Malha com a ajuda da Associação de Caçadores e pescadores de Santiago do Escoural, são nossos parceiros no evento”, durante a tarde, das 15 horas às 18 horas, “o workshop de Passeio Gráfico, vai ser também para conhecer um bocadinho a aldeia e ao mesmo tempo fazer alguns desenhos”, seguindo-se a programação musical.

Ao final da tarde, a partir das 18.30 horas, começa “Chica, depois à noite é um grupo de Évora que são os Bananana, vamos receber também os Bandua, outro duo de Évora, o DJ Sims e Cachapa e para acabar a noite, temos um, DJ set que é o “Fidju Ki Txora”.

Até amanhã, na aldeia de Casa Branca, a Preocupada levar atividades às ruas, jardins praças e pátios que são palco deste evento multidisciplinar.