O primeiro-ministro encolheu o Governo em dois ministros (passaram de 19 para 17) e em 12 secretários de Estado (de 50 para 38). Ou seja: o futuro Executivo irá ter no total 56 governantes, contra 70 atualmente (uma redução de 20 por cento). É uma dimensão média, no contexto global dos governos constitucionais. Desaparecem três ministérios (Mar, Modernização do Estado e Planeamento) e é (re)criado um, para colocar Ana Catarina Mendes como ministra adjunta e dos Assuntos Parlamentares.
Do atual Executivo, sobram seis ministros. Mariana Vieira da Silva, Marta Temido, Ana Mendes Godinho, Ana Abrunhosa, Pedro Nuno Santos e Maria do Céu Antunes mantém-se nas pastas que já detinham (ver páginas 6 e 7). João Gomes Cravinho também fica no Governo (mas muda de ministério, da Defesa para os Negócios Estrangeiros). Os restantes onze são novidades – um índice de renovação superior a 50 por cento.
Nas saídas, Alexandra Leitão, atualmente ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública., tal como Pedro Siza Vieira (ministro de Estado e da Economia) deixar o Executivo (será substituído pelo “pai” do PRR, António Costa Silva). irão deixar o Governo também a ministra da Justiça e da Administração Interna, Francisca Van Dunem, mas neste caso sem surpresa alguma: há muito que já tinha dito que estava de saída.
Augusto Santos Silva (vai para presidente da Assembleia da República), João Leão (substituído nas Finanças por Fernando Medina), Tiago Brandão Rodrigues (substituído como ministro pelo seu ainda secretário de Estado João Costa), Nelson de Sousa (cujo ministério, do Planeamento, é reduzido agora a uma secretaria de Estado, ficando sob a tutela de Mariana Vieira da Silva), Graça Fonseca (substituída por Pedro Adão e Silva na Cultura), Manuel Heitor (substituído pela cientista Elvira Fortunato na pasta da Ciência e Ensino Superior), João Pedro Matos Fernandes (o ministério do Ambiente passa para Duarte Cordeiro) e Ricardo Serrão (o ministério do Mar deixa de ter existência autónoma passando a ser uma secretaria de Estado no que passará a ser o ministério da Economia e do Mar), completam o lote de saídas do executivo.