Futebol: Grupo União Sport termina 1.ª fase a perder com Louletano

Este domingo jogou-se a última jornada da 1.ª fase do Campeonato de Portugal. Na série F, o Grupo União Sport (GUS) recebeu o Louletano no Estádio 1.º de Maio, perdendo por 1-4 com a formação algarvia, que ainda lutava pelo 2.º lugar, que lhe daria acesso ao grupo de equipas que iria lutar pela subida à Liga 3.
O Louletano entrou com maior ascendente, inclusivamente a obrigar Nuno Brás a boa defesa. O União, por seu turno, apostou em jogar pelo seguro, surpreendendo aos 20 minutos, com Capela a inaugurar o marcador, correspondendo a um cruzamento ao 1.º poste de Bruno Machado. O Louletano tentou depois correr atrás do prejuízo, com a equipa montemorense a jogar sempre pela certa e com critério. Aos 40 minutos, o União é forçado a substituição, com Miguel Serrano a render o lesionado David Teixeira. Já em cima dos 45 minutos, na sequência de um pontapé de canto do lado esquerdo, Lucas Gabriel antecipou-se e restabelece a igualdade no marcador. Ao intervalo aceitava-se o empate, com o União a fazer um bom jogo, a apostar num bloco baixo e a colocar gelo e contenção muito forte no jogo.
A 2.º parte iniciou com uma alteração por parte da equipa forasteira, com Laércio a substituir Lucas Gabriel, que havia saído muito queixoso ao intervalo. O União entrou bem para a etapa complementar da partida, inclusivamente esteve perto de marcar, com o Louletano a não conseguir superiorizar-se. Quando o União estava bem no desafio, e outra vez na sequência de um canto, após um desvio ao 1.º poste, Alex Kakuba carimba a cambalhota no marcador. Após isso, e algumas substituições, o GUS decaiu no encontro, com Laércio a bisar na partida, fixando o resultado em 1-4. O Louletano, ainda assim, não conseguiu o seu objetivo de ir lutar pela subida, já que o Moncarapachense empatou e, deste modo, juntou-se ao Olhanense, garantindo já a manutenção. Quanto ao resultado, pelo que o União fez, parece-nos exagerado, com a formação alvinegra a fazer uma boa partida até aos 60 minutos.

O sorteio na 2.ª fase realiza-se a 8 de março, com a primeira das 6 finais a ter lugar a 20 de março. Na fase de manutenção, o GUS irá jogar com Juventude, Barreirense e Serpa.

RESULTADOS:

Campeonato de Portugal Série F JORNADA 18: Olhanense 3-3 Esp. Lagos (5/3), Imortal 0-0 Barreirense, U. Montemor 1-4 Louletano, Moncarapachense 1-1 Serpa. Descansa: Juventude Évora.

Campeonato de Portugal Série F 2021/2022 – após 18.ª jornada
Posição Clube jogos V E D GM GS Pts
1 Olhanense 17 10 6 1 32 16 36
2 Moncarapachense 17 9 6 2 31 13 33
3 Louletano 17 9 6 2 39 17 33
4 Juventude 17 6 7 4 26 12 25
5 Esp. de Lagos 17 6 4 7 24 27 22
6 Serpa 17 4 4 9 19 36 16
7 Imortal 17 2 6 9 9 29 12
8 U. Montemor 17 3 3 11 13 31 12
9 Barreirense 17 1 7 9 10 30 10

Congresso Peixe do Rio pretende mostrar “outras formas de confeção”, diz chefe Júlio Vintém

O Congresso Alandroal Peixe de Rio, com a participação de chefes de cozinha, como Paulo Morais, e do gastrónomo Virgílio Gomes, vai decorrer amanhã, segunda-feira, dia 7, no Fórum Cultural Transfronteiriço de Alandroal, no âmbito da Mostra Gastronómica do Peixe do Rio.

O chefe Júlio Vintém (na foto) refere que esta iniciativa pretende “mostrar outras formas de fazer o peixe, contando ainda com demonstrações de cozinha, no período da tarde, onde será abordada a globalidade que envolve o peixe do rio, nas regiões do interior, e que muitas vezes é esquecida no litoral”.

Quando se fala de peixe do rio é essencial olhar para a vertente mais tradicional de confeção mas também para a mais moderna. O chefe destaca “a vertente japonesa de tratamento dos peixes, que também se verifica no peixe do rio, muito usada hoje em dia, mas que tem que assentar sempre no tradicional”.

A apresentação do congresso está a cargo de Paulo Amado, das Edições do Gosto, e do chefe de cozinha José Júlio Vintém.

Oficina da Criança com atividades destinadas aos adultos

A Oficina da Criança promove workshops “a vez dos adultos”, a decorrer aos sábados, das 15h00 às 19h00, de fevereiro a abril.

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Esta é uma oficina criativa para adultos, aberta ao público em geral de forma a que, este público, no seu tempo de lazer, aproveite este exercício de liberdade, incluindo-se na vida cultural da comunidade, escapando um pouco à obrigatoriedade das tarefas do quotidiano.
O programa desta oficina parte da troca de saberes entre cada membro do grupo sendo limitado a 15 participantes, a partir dos 20 anos.
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Pandemia dispara casos de doença mental e pedidos de ajuda

Nunca se falou tanto, como agora, de Saúde Mental e de doenças como depressão e ansiedade, muito agravadas durante estes dois anos de pandemia.

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Segundo um estudo da Eurofound, 64% dos jovens europeus, dos 18 aos 34 anos, encontram-se em risco de depressão. O mesmo acontece com 60% das pessoas com idades compreendidas entre os 35 e os 49 anos, e com 50% acima dos 50 anos.

A estes números, somam-se os das consultas de psicologia, que, de janeiro de 2020 para janeiro de 2021, registaram um aumento na ordem dos 450%, revela a psicóloga Maria Calado. “É um número muito elevado, é assustador”, começa por dizer. São números alarmantes, que resultam, entre outros, do isolamento, da privação de atividades culturais, de lazer e desportivas, das mudanças nas próprias rotinas e até da convivência forçada com familiares.

“O medo da doença, de contagiar: isto criou muitos medos”, garante Maria Calado. Do “convívio excessivo”, entre quatro paredes, revela, resultaram também em muitos divórcios, porque antes “as pessoas tinham uma rotina, iam trabalhar, iam fazer desporto, estavam com os amigos e só depois iam para casa. E isto acabou. Foi uma mudança muito brusca”.

O envolvimento social, com estes dois anos, em grande parte, passados em casa, e sobretudo ao nível dos mais jovens, garante a psicóloga, foi “totalmente danificado”, tendo em conta as consequências da Covid-19. Depois, em pessoas já com ansiedade, depressão ou Perturbação Obsessiva Compulsiva (POC), a pandemia resultou num “reforçar patológico”. Agora é preciso “voltar atrás”, para reabilitar, uma vez mais estas pessoas, o que é “extremamente difícil”.

Durante este difícil período, a Ordem dos Psicólogos esteve sempre junto da população, o que, do ponto de vista da psicóloga, conduziu a uma desmitificação da profissão e a uma maior coragem no momento de pedir ajuda. “A Ordem dos Psicólogos tinha uma linha de atendimento e deu formação gratuita aos psicólogos”, o que contribuiu também para que os jovens começassem a olhar para as consultas com outros olhos. “Estão a vir, querem vir e às vezes até dizem aos amigos que vão ao psicólogo. Isto é fundamental. Nós estamos a mudar mentalidades”, assegura Maria Calado.

Quanto ao processo de tratamento destas patologias do foro psicológica, a terapeuta não esconde que é difícil, sendo que a própria pessoa tem de ser forçada a sair de casa, a obrigar-se a fazer desporto e tudo aquilo que gostava de fazer, antes de ser diagnosticada com ansiedade, depressão ou qualquer outra doença mental. “É muito difícil mudar isto, porque nós somos seres de hábitos, e a pessoa não está bem e não quer sair. Para a pessoa custa muito sair de casa e estar com as outras pessoas, mas faz parte do processo”,  diz ainda.

Também os pedidos consulta, ao nível da psiquiatria, têm aumentado, segundo a psiquiatra Filipa Viegas, “a par de uma óbvia falta de recursos humanos para dar resposta”, como psiquiatras, psicólogos, técnicos de reabilitação psicossocial, terapeutas ocupacionais e psicomotricistas. Com isto, a pandemia “veio aumentar a pressão sobre os serviços de Doença Mental”.

As pessoas que já tinham doença mental, antes da pandemia, “acabaram por piorar” e aqueles que já tinham alguma vulnerabilidade acabaram mesmo por desenvolver algum tipo de patologia, pelo “stress acrescido”. Este, que é considerado por muitos um “trauma coletivo”, reflete-se num conjunto de situações: “a diminuição da interação com os pares; a exacerbação de alguns conflitos familiares, pela a proximidade imposta; uma exposição a violência; as questões do luto familiar, por muitas pessoas que faleceram; dificuldades económicas vindas da própria pandemia; a privação de liberdade e experiências”.

Só em Portugal, e segundo um estudo levado a cabo, no decorrer da pandemia, com uma amostra de seis mil pessoas, um quarto destas, sobretudo ao nível dos jovens adultos e das mulheres, apresentava sintomas moderados a graves de ansiedade e depressão, revela a médica.

Apesar do aumento da doença, durante a pandemia, verificou-se, por outro lado, “um aumento da sensibilização para a saúde mental, com a redução do estigma, que também é uma coisa importante: começarmos a perceber que o cérebro, como qualquer outro órgão, também pode adoecer”. A repercussão dos efeitos colaterais da pandemia, garante Filipa Viegas, é de mais casos de depressão, ansiedade e de perturbação de stress pós-traumático, com sintomas que vão desde tristeza, à falta de motivação, preocupação excessiva, crises de pânico, até às alterações do sono.

Uma boa alimentação e a prática desportiva, garante a médica, são a base da prevenção da doença mental. “As pessoas que conseguiram manter passatempos, hobbies e uma rotina diária, conseguiram não descambar, não adoecer com tanta probabilidade”, revela. O recurso a medicamentos pode estar implícito, no tratamento de doenças como a depressão e a ansiedade, mas cada vez mais os especialistas defendem a psicoterapia como abordagem de “primeira linha”, com recurso ao médico de família e à psicologia.

Segundo dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), Portugal passou de 99,5 doses diárias de antidepressivos por cem mil habitantes, em 2016, para 131,1 em 2020. Este aumento da toma de medicação para o tratamento de depressões, sobretudo, diz Filipa Viegas, acontece pela falta de aposta, por parte do Governo, na introdução de psicólogos no Serviço Nacional de Saúde.

“Se o doente fosse um carro, a medicação dava o combustível, mas a é psicologia que dá a aulas de condução. Não nos vale de nada ter um carro, se não o sabemos conduzir”, diz a médica. A verdade é que os psicólogos “não são contratados para os cuidados de saúde primários, do SNS, e essa devia ser a principal preocupação de quem gere a nossa saúde, porque isso iria aliviar essa percentagem de pessoas que têm de acabar por recorrer à medicação”. Ainda assim, Filipa Viegas lembra que há casos em que a medicação é fundamental, sendo esse o principal indicador de que houve, de facto, um agravamento da saúde mental.

A médica recorda que “ansiedade e tristeza todos nós, em algum momento da nossa vida, já o sentimos, perante circunstâncias que o justifiquem”. Passa-se de uma reação normal para uma patologia quando os sintomas começam a ser muito frequentes, ao longo de vários dias, e quando têm um impacto na funcionalidade da pessoa: “quando a pessoa começa a não conseguir fazer a sua vida normal, tratar dos seus afazeres, quando deixa de ter prazer em coisas que antes lhe davam prazer, quando começa a não sair de casa”.

Perante estes sinais de alerta, e quando a pessoa começa também a apresentar alterações de apetite e de sono, quando se torna mais pessimistas e apresenta, inclusive, ideias de terminar com a própria vida, há que pedir ajuda. “Outra coisa que é importante é a pessoa falar, porque, muitas vezes, está em sofrimento, pelo tal receio ou vergonha e não o revela. Quem a rodeia tem de estar atento a uma mudança naquilo que a pessoa costumava ser”, remata.

Não há um momento certo para procurar ajuda, até porque o limiar da angústia varia de pessoa para pessoa. Contudo, quando se sente que se pode estar perto de o atingir, deve-se agir.

A entrevista na íntegra a Maria Calado e Filipa Viegas para ouvir no podcast abaixo.

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“Roda de Oleiro e Moldes de Gesso” nas Oficinas do Convento

As Oficinas do Convento dinamiza hoje um workshop de cerâmica “Roda de Oleiro e Moldes de Gesso”, uma atividade integrada no Ciclo da Cerâmica.

Para além destas duas sessões, será promovida outra a diz 19 de março. Para mais informações deve contactar 266 899 824 ou o oc@oficinasdoconvento.com.

Equipa B do GUS viaja até Tourega

Hoje joga-se para a Liga AFE, onde neste domingo tem lugar a 19.ª jornada, com os Foros de Vale de Figueira a receber o Bencatelense, o Valenças desloca-se a Arcos, o Cortiçadas de Lavre joga em casa com Calipolense e a equipa B do Grupo União Sport (GUS B) vai até à Tourega.

Os Foros que, no passado domingo, realizou o jogo em atraso com o Borbense, perdendo por 5-1.

O treinador dos Foros, Pedro Pereira, refere que o Bencatelense tem um poderio ofensivo grande e, por isso, espera “mais um jogo difícil, temos pela frente um dos candidatos ao título”.

Nesta jornada 19, o Valenças viaja até Arcos, defrontando o primeiro classificado, a par de Bencatelense. Na primeira volta, no Ciborro, o Arcoense ganhou por 4-0.

Fábio Neves, treinador do Valenças quer que a sua equipa tente “bater o pé ao primeiro classificado”.

No domingo passado o Cortiçadas de Lavre ganhou por 2-1 ao Tourega, numa partida que se encontrava em atraso na Liga AFE. Na jornada deste domingo o Cortiçadas joga novamente em casa, recebe o Calipolense, equipa que na primeira volta bateu o Cortiçadas de Lavre por 5-0.

Para Joaquim Soares, Treinador do Cortiçadense, “o Calipolense é a melhor equipa desta divisão” mas, ainda assim, vai como sempre “lutar pelos três pontos”.

Para finalizar, a equipa B do Grupo União Sport que, neste domingo, vai até à Tourega que, na primeira volta, veio até Montemor ganhar por 3-0.

Gonçalo Teixeira, Treinador do GUS B, espera um jogo complicado, perante uma equipa mais experiente, diante a qual os jovens alvinegros “têm de se mostrar como homens de barba rija”.

A RNA acompanha hoje, através da Bancada Desportiva todos os jogos, com destaque para o jogo da equipa principal de GUS, a contar para o Campeonato de Portugal.