Escouralense empata com Redondense mas deixa excelentes indicações

Jogou-se neste domingo, 21 de Setembro, a 1ª jornada da Taça Dinis Vital, inaugurando a época oficial 2025/2026. Em termos de desafios com equipas do concelho de Montemor, o Escouralense foi ao terreno do Redondense empatar 2-2, com 0-2 ao intervalo; o Cortiçadas de Lavre, depois de estar a perder por 0-2, deu a cambalhota no marcador, ganhando por 3-2 ao Oriolenses; e o Cabrela foi a Aguiar ganhar por 0-2. Recordamos que os jogos Borbense – Foros Vale Figueira Fc, Calipolense – Valenças e Fazendas Cortiço – Vera Cruz, foram adiados para 7 de dezembro; enquanto que Tourega – Grupo União Sport, foi adiado para 16 de Outubro, às 20h00, e a ter lugar no 1º de Maio.

Sobre a partida que a RNA acompanhou com relato e onde o Grupo Estrela Escouralense se deslocou ao Campo do Calvário para defrontar o Redondense, o Escoural entrou muito bem na partida, colocando em sentido o Redondense, com Miguel Anastácio, logo aos 2 minutos de jogo, numa bola metida nas costas, a inaugurar o marcador com um remate de pé esquerdo. Nos minutos seguintes o Escouralense continuou a criar jogadas de perigo, dominando a partida em toda a linha, estando mais perto de ampliar a vantagem do que o Redondense de empatar. Aos 21 minutos, Serrano meteu a mão à bola, mesmo em cima da linha de grande área, mas na marcação deste livre perigoso, favorável à equipa da casa, o esférico não passou pela barreira. O Escouralense esteve muito bem a nível ofensivo, com Miguel Anastácio e Nuno Silva a serem um autêntico quebra-cabeças para os adversários, com o resultado a ser curto para as oportunidades criadas. Com naturalidade, aos 28 minutos, Nuno Silva, à ponta de lança, fez o 0-2, no 4º canto da partida. O Escouralense fazia uma exibição de luxo e, cada vez que subia à área contrária, era um “ai Jesus” para a defensiva do Redondense. Ao intervalo o Escoural vencia e bem, numa 1ª parte espetacular de Miguel Anastácio e Nuno Silva, com uma exibição personalizada, compacta e afirmativa da formação treinada por Pedro Pasadas Nunes, perante um Redondense treinado por Nuno Cidade e Farrapa, que perdeu para esta época as suas melhores unidades, efetuando uma 1ª parte que deixou muito a desejar.
A 2ª parte iniciou com alterações no 11 inicial do Redondense, com Marcelo e Edmilson a renderem Duarte Carriço e Brendo. O Escouralense apresentou-se menos atacante nos segundos 45 minutos, tentando controlar o jogo, enquanto que o Redondense tentava crescer no desafio. O Redondo fez nova alteração, com Daniel Bibes a ser rendido por Bruno Messias que, aos 70 minutos, escassos instantes depois de ter entrado, cabeceou para o 1-2, aproveitando a passividade da defensiva do Escouralense, para reduzir distâncias. Perante isto, o Escouralense fez as primeiras substituições, com Luís Peixe e Diogo Gamito a entraram para os lugares de Nuno Silva e João Reis. O Redondense acentuava pressão e tentava o empate, com o Escoural a ressentir-se fisicamente da grande 1ª parte efetuada. Pouco depois, em desespero, Simões vê vermelho direto por uma brutal tesoura feita pelo jogador do Redondense a Miguel Anastácio que, por sorte, não se lesiona. O jogo estava a escaldar à entrada dos últimos 5 minutos, com a equipa da casa com 10 unidades, mas a não se render. Aos 42 minutos, no Redondense, Carlos Castanho saiu para a entrada de João Gonçalves. Pouco depois, no Escouralense, Afonso Mascarenhas entrou para o lugar de Miguel Anastácio, que fez uma exibição de sonho. O Redondense chegou ao empate 2-2, ao cair do pano, por intermédio do capitão Vítor Borrego, com o Escouralense a queixar-se de um fora de jogo não assinalado. O Escouralense ainda faria uma alteração, com Pedro Reis a ser substituído por Diogo Carreiro, mas resultado já não se iria alterar, com o jogo a terminar com um empate a duas bolas.
Depois de uma 1ª parte extraordinária, o Escoural acusou algum cansaço na 2ª parte, com alguns jogadores a não terem gás para mais, enquanto que o Redondense, embora não jogando bem, pressionou mais. Apesar do sabor do empate ser amargo, o Escoural deve ficar satisfeito pelo que fez, numa partida em que merecia vencer.

TAÇA “DINIS VITAL” | Primeira fase – 1ª jornada
21set – 15h00

Cf Estremoz 1-3 Gd Portel
Redondense Fc 2-2 Gr. Estrela Escouralense
Sc Arcoense 1-2 Gd S. Manços
ScAlcaçovense 1-4 Juventude Sc B
Ccrd Cortiçadas de Lavre 3-2 Gdc Oriolenses
Gd Monte Trigo 5-2 Gcd S. Bartolomeu Outeiro
Lusitano Cd Arraiolense 4-1 Fc Santana Campo
Sc Viana Alentejo 5-0 Gd S. Pedrense
Gcd Aguiar 0-2 Casa Povo Cabrela
Sc Bencatelense 1-1 Estrela Fc
Lusitano De Évora Clube “B” 11-0 Cc Corval
Gdr Canaviais 0-1 Atlético Sc (16h30)

Alentejo apresenta progressos na reciclagem mas vidro continua a falhar

De acordo com dados da Sociedade Ponto Verde (SPV), a região do Alentejo alcançou em 2024 uma retoma média de 46,8 quilos de embalagens por habitante, ultrapassando a meta nacional definida para esse ano (44,9 quilos).

Entre 2020 e 2024, o crescimento regional foi de 16%, sustentado por um aumento de 31% nos valores de contrapartida financeira pagos aos sistemas de gestão de resíduos urbanos da região (SGRU), que passaram de 4,9 milhões de euros em 2020 para 6,4 milhões em 2024.

Apesar destes progressos, o vidro continua a ser o elo mais fraco da região. Em quatro anos, a evolução foi de apenas 9%, mesmo com uma subida de 28% no valor de contrapartida pago para este fluxo. Apenas um SGRU se aproximou da meta em 2024, mas ainda longe do objetivo estabelecido para 2025.

No detalhe local, é possível verificar fortes disparidades: territórios como Beja e Cuba apresentam resultados muito positivos em relação às metas nacionais de retoma de embalagens, enquanto outras regiões representam uma oportunidade de reforço, tais como Évora, Samora Correia e Sines. No que diz respeito ao vidro, Cuba é a única área que se aproxima da meta estabelecida.

Com o reforço do investimento a nível nacional no Sistema Integrado de Gestão de Resíduos de Embalagens (SIGRE) — que contará em 2025 com 219 milhões de euros, mais 99 milhões do que no ano anterior —, as autarquias alentejanas assumem agora uma responsabilidade acrescida. A Sociedade Ponto Verde sublinha que o financiamento que cabe a esta região deve traduzir-se em resultados visíveis no terreno, com mais ecopontos, recolhas mais frequentes, inovação tecnológica e maior envolvimento cívico. “A gestão de resíduos não pode continuar a ser vista apenas como um problema técnico. É, acima de tudo, uma questão de cidadania, equidade e compromisso com o futuro das comunidades”, afirma Ana Trigo Morais, CEO da Sociedade Ponto Verde.

No plano nacional, a taxa de retoma de embalagens foi de 57,8% em 2024, ainda distante da meta de 65% para 2025. Mesmo com um investimento de 95 milhões de euros só no primeiro semestre de 2025, o aumento foi de apenas 2% face ao ano anterior, registando-se ainda uma quebra de 1% na reciclagem de vidro, equivalente a menos 1.300 toneladas.

Para enfrentar estes desafios, a SPV apresenta propostas concretas e reformas estruturais nos serviços de gestão dos resíduos urbanos: reforçar a colocação e manutenção de ecopontos, aumentar a frequência das recolhas, apostar em sensores e rotas inteligentes, criar mecanismos de recompensa para cidadãos que separam corretamente, apoiar cadeias de produção locais mais circulares e intensificar programas de literacia ambiental em escolas e comunidades.

Com este manifesto regional, a Sociedade Ponto Verde pretende devolver à agenda política local um tema praticamente ausente do debate autárquico: a sustentabilidade. “Mais do que discutir metas distantes, trata-se de promover soluções de proximidade, capazes de transformar investimento em impacto e garantir que o Alentejo se afirme como um exemplo de sustentabilidade, justiça ambiental e qualidade de vida”, reforça Ana Trigo Morais.