A Feira do Chocalho começou esta sexta-feira e prolonga-se até domingo, dia 27, na vila de Alcáçovas, no Largo da Gamita.
Cerca de 40 expositores marcam presença no certame organizado pelo Município de Viana do Alentejo com o apoio da Junta de Freguesia de Alcáçovas, em parceria com as associações locais.
Na inauguração Luís Miguel Duarte, presidente da Câmara Municipal de Viana do Alentejo, em declarações à RNA, salientou que “o ponto alto, obviamente, este ano são os 10 anos da arte chocalheira e do reconhecimento da Unesco, desde que foi considerado património imaterial e cultural da Unesco, portanto, é o ponto alto desta feira. Apesar das outras coisas todas, temos sempre os espetáculos que enriquecem também muito esta feira, temos uma pequena amostra de alguns animais também, mas para Alcáçovas e para o nosso concelho é mais uma oferta que nós damos aos nossos munícipes”.
“Esta feira é a exaltação, deste património que é identitário desta região. Conseguimos chamar a atenção nestes dias, nestas semanas que se faz a publicidade, fala-se sempre dos chocalhos, fala-se da arte chocalheira”, sublinhou o autarca.
No que diz respeito ao cartaz da feira, Luís Miguel Duarte, refere que “amanhã a artista é a Nena, vamos ter os Vizinhos também, que estão bem no auge da música. Depois temos sempre ali as nossas tasquinhas onde nós nos juntamos uns com os outros, onde nós conversamos, reunimos com os grupos. É sempre, portanto, um bom complemento para a nossa feira”.
“Isto é, acima de tudo, um grito de alerta, porque a arte chocalheira tal e qual como outras que nós todos conhecemos, podem acabar de um momento para o outro. E aqui é um reconhecimento e é um chamar de atenção. Temos aqui uma coisa muito importante, temos aqui uma arte muito bonita, que nos pode levar a muito lado, mas está em risco de morrer. E então, aqui, eu normalmente digo, é um grito de alerta, olhem para a arte chocalheira”, concluiu.
A Guarda Nacional Republicana (GNR), no âmbito das ações preventivas que desenvolve e com o objetivo de contribuir para a prevenção e o combate aos diversos tipos de burlas, alerta, através de comunicado, para os procedimentos de segurança que devem ser adotados para evitar este tipo de fenómenos, onde se incluem as burlas relacionadas com o arrendamento de imóveis nesta época sazonal, com especial destaque para as casas de férias.
No que diz respeito aos crimes de burla relacionados com o arrendamento de casas de férias, registados na sua área de responsabilidade territorial, nos anos de 2023, 2024 e 2025*, a GNR tem registo dos seguintes dados:
N.º de burlas envolvendo arrendamento de casas de férias
Distritos
2023
2024
2025*
Aveiro
22
12
3
Beja
2
5
1
Braga
41
21
8
Bragança
1
1
0
Castelo Branco
2
3
0
Coimbra
4
5
0
Évora
3
3
0
Faro
43
41
11
Guarda
3
1
0
Leiria
8
5
1
Lisboa
7
7
4
Portalegre
1
0
1
Porto
41
32
6
Santarém
9
11
1
Setúbal
14
17
5
Viana do castelo
3
2
1
Vila Real
1
3
0
Viseu
9
7
2
Fora do território nacional
0
2
0
Total
214
178
44
*Dados provisórios até 30 de junho.
“A análise das ocorrências registadas na área de responsabilidade territorial da GNR revela que, no período em causa, os distritos de Faro (95), Porto (79) e Braga (70) foram os mais afetados. Não obstante, verifica-se que este fenómeno ocorre de forma dispersa em todo o território nacional. Foi ainda possível registar uma redução de 16,8% no número de crimes de burla no arrendamento de casas de férias, comparando o ano de 2023 e o ano de 2024, demonstrando assim não só o impacto das ações preventivas e de sensibilização desenvolvidas pela GNR, sobretudo junto da população mais vulnerável, mas também o empenhamento contínuo da Guarda no combate à criminalidade e na deteção destas atividades suspeitas e ilícitas.
Neste âmbito, a Guarda deteve 60 pessoas pela prática deste tipo de crimes em 2023, 29 em 2024 e 12 no presente ano (dados provisórios até ao dia 30 de junho). Pela prática deste mesmo tipo de crimes, foram ainda identificados 140 suspeitos no ano de 2023, 138 em 2024 e 33 no primeiro semestre de 2025.
Sobre a prática deste tipo de ilícito, não se verifica um modus operandi específico, uma vez que, são múltiplas as formas utilizadas para a concretização do mesmo objetivo. Em regra, constatamos que os suspeitos publicam anúncios de arrendamento de imóveis a preços apelativos, em sítios da internet com relevo e muita visibilidade, podendo algumas dessas publicações serem acompanhadas por fotografias de imóveis reais, apesar do contexto e elementos de arrendamento serem falsos.
Normalmente, as vítimas procuram imóveis para arrendar no período de férias e efetuam a pesquisa via internet, dada a rapidez e comodidade da pesquisa.
Quando encontram o imóvel pretendido, normalmente com preços mais baixos, face à concorrência, contactam o anunciante, sendo pedido à vítima que efetue o pagamento de um determinado valor monetário, vulgarmente denominado como “sinal”, para assegurar o imóvel pretendido.
A vítima só percebe que foi burlada meses depois, numa das seguintes situações:
· Quando tenta contactar o suspeito, constatando que o contacto deixou de estar ativo;
· Quando pretende recolher a chave da habitação;
· Quando verifica que a morada que lhe foi fornecida não existe.
Atenta a este tipo de ocorrências, a Guarda Nacional Republicana reforça os seus conselhos aos cidadãos, numa situação de aquisição ou arrendamento de bens imóveis, para que estejam particularmente atentos e adotem os seguintes cuidados:
· Desconfie de ofertas com preços muito abaixo do mercado ou que pareçam demasiado vantajosas face a imóveis semelhantes na mesma zona;
· Compare anúncios semelhantes e, sempre que possível, solicite uma visita ao imóvel. Caso o proprietário apresente reservas quanto à visita, desconfie;
· Visite o imóvel presencialmente, pois as imagens partilhadas podem não corresponder à realidade;
· Pesquise o imóvel em várias plataformas, tendo em atenção que pode estar anunciado em diferentes locais com preços distintos;
· Esteja atento a pedidos de pagamento de sinal sob o pretexto de haver muitos interessados – pode tratar-se de uma burla;
· Verifique se existem outros anúncios com as mesmas fotografias ou denúncias de burla associadas;
· Solicite fotografias adicionais, especialmente do interior do imóvel;
· Peça a identificação do anunciante ou proprietário, bem como os seus contactos, e confirme se permanecem contactáveis;
· Confirme, através de um multibanco, se o titular da conta bancária corresponde ao nome do proprietário ou anunciante;
· Caso receba uma mensagem a indicar que o pagamento não foi rececionado, confirme com o seu banco antes de efetuar novo pagamento.”
O Festival de Lavre está de regresso e promete quatro dias de música, tradição e cultura no coração do Alentejo, e espera receber cerca de 25 mil pessoas ao longo de quatro dias de celebração intensa, onde a música portuguesa, a gastronomia local e a tradição popular se fundem num ambiente único, entre os dias 25 e 28 de julho, na vila de Lavre, concelho de Montemor-o-Novo.
Criado em 1999 por um grupo de jovens locais, o festival tem vindo a afirmar-se como um dos mais autênticos do Alentejo. A 27 ª edição de 2025 conta com três palcos distintos, entre os quais se destacam o Palco Principal, na Praça da República, e o Palco dos Sabores, onde a música ao vivo acompanha pratos típicos como as bifanas e o frango assado.
O evento vai muito além da música. Há espaço para o campismo, a procissão em honra de Nossa Senhora da Assunção, e até um podcast dedicado às histórias e à cultura da vila. Mais do que um festival, é uma afirmação da identidade de Lavre e um motor contra a desertificação do interior.
Com entrada gratuita para várias atividades e passes acessíveis (8€ por dia; 25€ passe geral ou 30€ com campismo incluído), o Festival de Lavre é inclusivo, sustentável e genuíno na ligação entre gerações.
Hoje, dia 25 de julho, pelas 18.00 horas tem lugar a Rua das Tradições, às 20.30 horas no Palco Sabores João Caçoilas (entrada gratuita) e Los Perdicion às 21.30 horas.
Noninho Navarro sobe ao palco principal às 22h30; Pikika às 00.00 horas; DJ John Goulart (01h00) e DJ Marvin (03h00).
Foi divulgada, no início do passado mês de junho, a posição do Conselho sobre a revisão do Regulamento dos direitos dos passageiros no transporte aéreo, que a ser aprovada, representará um retrocesso sem precedentes nos direitos dos consumidores. Se a posição adotada pelo Conselho em matéria de direitos dos passageiros for aprovada pelo Parlamento Europeu, os consumidores perdem direitos consolidados.
Serão, por exemplo, revistos os limites e critérios do direito à indemnização, o que significaria que grande parte das pessoas que teriam atualmente direito a compensação, deixariam de ter direito ou passariam a receber uma indemnização inferior. Outra das situações seria também a assistência em situações consideradas extraordinárias seria limitada a um máximo de três noites de alojamento, deixando os consumidores ainda mais vulneráveis.
Outro dos pontos em destaque é a bagagem de mão, em que o Conselho parece legitimar a cobrança da mesma e considerar adequado que seja permitido apenas o transporte gratuito de um objeto pessoal de dimensões inclusivamente mais reduzidas às permitidas por algumas transportadoras. Apesar de este pequeno leque de medidas ser bastante demonstrativo do impacto nos consumidores, o Conselho anunciou regras melhoradas para os passageiros.
Tudo para saber sobre o assunto na edição desta semana da rubrica da DECO, com Helena Guerra, do Gabinete de Projetos e Inovação da Associação para a Defesa do Consumidor. Para ouvir no podcast abaixo:
O Comando Territorial de Évora da GNR, através do Posto Territorial de Borba, na passada quarta-feira, 23 de julho, constituiu arguido um homem de 35 anos e recuperou, no concelho de Borba, um cão furtado em Espanha.
No âmbito de uma operação de fiscalização, “os militares da Guarda abordaram um indivíduo que tinha na sua posse um canídeo de raça Braco Alemão. No decorrer da fiscalização foi possível apurar que o detentor não tinha documentação do canídeo e ainda que o chip do animal possuía registo espanhol”, revela o Comando Territorial de Évora da GNR em comunicado.
Na sequência das diligências policiais, em cooperação com as autoridades espanholas, “foi possível apurar que o canídeo constava nos sistemas de informação como furtado na Província de La Rioja, em Espanha”.
Dada a impossibilidade do proprietário proceder à recolha do animal no próprio dia, o canídeo foi encaminhado ao canil municipal de Borba, local onde ficará até à recolha pelo seu tutor.
O suspeito foi constituído arguido e os factos comunicados ao Tribunal Judicial de Vila Viçosa.